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domingo, 22 de dezembro de 2019

O tempo para uma ansiosa | Escritos

Imagem: Pinterest
Este texto pode conter gatilhos para ansiosos.*

Leia ouvindo: Mistério - Anavitória

É estranho para mim uma pessoa ansiosa acreditar ou esperar que o tempo resolva tudo. 

Quando minha mãe me dizia que crescer levava tempo e que deveria aproveitar o meu sendo criança, não entendia muito bem o que ela queria dizer. Tem uma música do EP, Anavitória canta para pessoas pequenas, grandes e não pessoas também que particularmente é minha favorita, mistério, é nome da canção e numa das estrofes diz "Quem é que fez o tempo ter lugar lá dentro do relógio? Dá pra poder calcular talvez, o quanto deve demorar" olhando para o passado, pensando em todas as vezes que vovó me disse que devia confiar no tempo que ele era o melhor remédio para tudo. E, assim mesmo sem saber que era exatamente aquilo que precisa ouvir, percebi que minha relação com o tempo e a sensação que ele escapa entre meus dedos vem da minha falta de paciência em respeitar o meu próprio tempo.

Atropelar minhas ações é claramente minha sina nesta vida. Tanto pela falta de paciência comigo mesma como pela minha constante necessidade de estar em movimento. Uma vez uma pessoa me disse que eu era como água, mutável e que escorria pelos dedos. Na hora eu sorri e achei uma comparação engraçada, mas depois de uma sessão de terapia no começo do meu tratamento com ansiedade minha psicóloga disse que teve a mesma sensação assim que conversamos nas primeiras sessões. 

É uma concepção diferente do que estava acostuma ouvir de mim mesma, mas que foi de suma importância naquele momento. Em 2018 entrei numa espiral maluca de descobrir quem eu era achando que sabia, uma parte de mim tinha ficado no meio do caminho, outra tinha se confundido pela ansiedade e as certezas sobre mim viraram uma bola de neve de dúvidas. Provavelmente a fase mais difícil que já vivi nessas transições pessoais.

Reconhecer que não conseguia mais sozinha lidar com aquelas sensações veio depois de uma das minhas crises mais intensas. Foi um mês difícil, não conseguia mais resolver as coisas mais básicas e o que sentia era uma bomba relógio no meu peito prestes a explodir no meu peito. Quando ela explodiu me partiu ao meio e parte de mim acredita que talvez nunca mais eu seja a mesma. E ainda bem por isso, aprendi tanta coisa sobre mim com isso e conheci a minha versão mais forte de mim mesma.  E a que não é tão forte assim, mas que aprender que está tudo bem em sentar e chorar quando tudo parece um bagunça já que as soluções não caem do céu. 

Esse ano foi uma ladeira de autoconhecimento, dolorosa, árdua e muito gostosa também. Várias coisas perderam o sentido no meio do caminho, mas outras tomaram um rumo inesperado, encerraram um ciclo e principalmente me mostraram a pessoa que quero ser ou que estava prestes a me tornar quando ninguém estava olhando.  

domingo, 22 de dezembro de 2019

O tempo para uma ansiosa | Escritos

domingo, 18 de agosto de 2019

O mais difícil de seguir, é seguir | Escritos

Imagem: Pinterest


Encontrar um outro caminho foi fácil já que larguei um estado e vim morar em outro, mas ninguém me disse como seria doloroso redesenhar uma rotina não tivesse mais nós dois. E que nos domingos não íamos compartilhas nossas desavenças quando tivéssemos uma semana complicada sem poder nos ver, só sentar e conversar ou quem sabe apreciar a vista da praia do calçadão com os dedinhos entrelaçados e sorrisos leves de fim de tarde.   

Os domingos por aqui são frios e enrolados num edredom compartilhando minha rinite com meu livro inacabado no docs. Essa cidade não é quente como a nossa, o inverno aqui é sombrio, mas também pode ser acolhedor se estiver cercada das pessoas certas. Mas como seguir quando a gente nem tomou um rumo de fato? Eu tenho tantas dúvidas que achava que tinham se tornado certezas antes vir pra cá. Todo dia aprendo uma lição nova sobre mim mesma que achei já ter aprendido. Sempre ocupo a mente com coisas novas, escrevo, danço, brinco, beijo, abraço e às vezes a bad bate e olha é complicado confortá-la sabe? Não tanto quanto a saudade, pois quando releio em silêncios textos que escrevi nas notas do celular e que nunca vou te mostrar afinal não costumo compartilhar minha escrita com quem compartilho afetos é pedaço de mim profundo demais para se mostrar assim fácil. 

Nem sempre ela é leve ou explicativa, porém é sempre cheia de significado e nem todo mundo sabe compreender as entrelinhas, pois a maioria das pessoas está mais preocupada em descobrir para quem escrevi essas linhas. O que é engraçado nunca nego para quem escrevo, mas também nunca revelo sobre quem exatamente estou falando. A beleza de compartilhar certos versos que literalmente saem de dentro de mim é não encontrar um destinatário. Nem tudo precisa de um remetente com destino fixo, as vezes é só mais um texto e só mais sentimento que vai perdendo o sentido ao longo do tempo. 

A escrita sempre ocupa os espaços vazios da nossa rotina assim como os amigos conquistam espaços no meu dia a dia e vou deixando tudo fluir encontrando um novo lar para mim.

O mais difícil de seguir, não é seguir, mas te observar daqui.

domingo, 18 de agosto de 2019

O mais difícil de seguir, é seguir | Escritos

terça-feira, 30 de abril de 2019

A responsabilidade de cuidar só de mim | Escritos


Cada vez que vou e volto ao Recife sinto que uma parte de mim fica. Dessa vez, é como se alguém tivesse arrancando minhas raízes e já não faço mais parte da cidade que tanto amo. Cresci aqui, chorei nos ônibus dessa cidade (no metrô também), vive amores e alguns desamores também (talvez mais desamores). A cada pôr do sol me sentia mais em casa, mas dessa vez quando sol se pôs senti que já não faço mais parte daqui.

É doloroso ir embora, e a cada despedida uma parte de mim se esvai mais. Não quis festa, nem quis que me trouxessem na rodoviária da primeira vez, ninguém além do meu melhor amigo de infância. Isso causou uma estranheza geral, mas sou uma manteiga derretida o primeiro amigo chorando ia dizer: eu fico. Conheço meus limites e não vão muito além do que gostaria.

Sair da casa dos meus pais vem sendo a experiência mais louca da minha vida. Todo dia é uma surpresa nova, na maioria das vezes não é algo muito positivo. Mas foi bom e importante dar de cara na porta em alguns momentos. Sempre me julgaram muito madura pra minha idade, porém minha psicóloga me disse uma vez que não tinha aprendido a viver conforme a minha idade pelas responsabilidades que me foram concedidas enquanto nova. Essa coisa de "ah, mas a mulher amadurece mais rápido que o homem" tudo uma baboseira, mulheres são sexualizadas mais cedo e é essa a desculpa que um bando de homens usam para dizer "fecha as pernas" "ai mas você é tão novinha para ter esse corpo de mulher" "ah mas ela tinha cabeça de mulher".

Crescer para fora de um estereótipo machista cujo só estava destinada a "dar trabalho ao meu pai" me frustrou em diversas partes da minha vida, que só enxerguei agora caminhando para a vida adulta. Agradeço muito pela oportunidade e reconheço todos os meus privilégios em poder largar uma bolsa numa faculdade particular e ir cursar uma pública com pais que abraçaram o meu sonho como se fosse deles e trabalham muito para que possa se tornar real.

Só que ainda é tão complicado entender que agora sou apenas responsável por mim mesma e nada mais. 

terça-feira, 30 de abril de 2019

A responsabilidade de cuidar só de mim | Escritos

quarta-feira, 13 de março de 2019

Desconectada de mim | Escritos

Foto: Tumblr

Toda vez que as palavras fogem de mim, me desconecto de mim mesma. É incrível como a escrita me salva dos acúmulos dentro do peito e das minhas crises mais horríveis. Agora escrevendo isso eu até posso sentir uma dessas vindo, mas a cada palavra escrita é como se doesse menos. É muito difícil levantar todo dia, saber que tem uma vida toda pela frente quando quem se ama foi embora e não vai voltar mais. A vida é um sopro e cada dia que passa fico mais certa disso. Me mudei para uma cidade nova e apesar de levantar todo dia para ir a aula, anotar assuntos, responder perguntas, conversar e interagir sinto que parte de mim ainda fica adormecendo todo dia na minha cama. É como se não conseguisse mais vivenciar a mesma experiência de quando vim nas primeiras semanas antes do carnaval.

Alternar entre dor e tristeza profunda é um dos tantos estágios do luto. Apesar de a saudade me castigar todo dia ainda não parece que minha amiga se foi. Vejo nossas fotos, releio meu texto de despedida, olho para a pontinha da agulha no meu braço do dia em que doei sangue e ainda não parece real. Prometi que sua memória e legado enquanto pessoa viveriam comigo, Nicole, o vestibular solidário e todas as nossas amigas. Ainda leio suas mensagens no grupo às vezes, mas queria era ter coragem para escutar um de seus áudios sem ficar em prantos. Seu aniversário está se aproximando e sei que nesse dia levantar da cama e viver sem ti vai doer mais que o de costume.

Me apoiar na escrita era meu refúgio, mas nem isso tem me ajudado muito já que escrever se tornou uma tarefa quase impossível com o bloqueio. As leituras andam bagunçadas, a vida tento organizar um pouco todo dia, o coração parece mais leve num dia e no outro pesa de saudade de ti, meu cachorro, meus livros, meus pais, minha avó e os meu amigos. As noites aqui são frias e não tão quentes como em Recife o que faz com que me enrole no meu edredom e não queira sair de lá no dia seguinte, mas saio sabe. Me arrasto até o banheiro, escovo os dentes, visto uma roupa e calço um sapato. Sei que odiaria que me afundasse na ansiedade ou nos meus complexos internos e deixasse de viver. Por isso acordo, penso na sua força e até peço um pouco dela emprestada e assim vou viver.

Só viver.
Leve, devagar e uma coisa de cada vez.
Num ritmo menos Andresa de ser que estava sempre ligada no duzentos e vinte, mas aos poucos vou recobrando os sentidos a confiança em mim mesma, nas palavras e no que planejei viver aqui nessa cidade.

quarta-feira, 13 de março de 2019

Desconectada de mim | Escritos

domingo, 27 de janeiro de 2019

Uma nova história de amor | Escritos



Leia ouvindo: Casa - Nina Fernandes 

Eu quero viver uma história de amor de novo.

Dessas clichês e bonitas, sentir o frio na barriga, sorrir para para olhos que soem familiares e transmitam aquela sensação de segurança e instabilidade que só os bons romances trazem. Beijar até sentir os lábios dormentes deixar que os corpos se toquem com aquela familiaridade única e envolvente. 

Criar uma nova história sem trazer traços do passado. Escrever com alguém uma história única ou um conto irreverente de uma despedida que acabou em um hospital. Sorrir e encarar o futuro com um gostinho de quero mais misturado com o dia ainda vamos rir de tudo isso. Sei lá, eu só quero viver sabe? Tenho escrito tantos romances, mas tenho escrito coisas demais e vivido de menos. Em parte sei que é pelo medo de me jogar no desconhecido, confiar em alguém e quebrar a cara com gosto.

Mas não dá pra viver com medo, nem achando que toda e qualquer pessoa que entre na minha vida esteja determinada a me ferir. Um dos meus escritores favoritos escreveu" que não dá pra escolher se vai ou não se ferir nesse mundo, mas da pra escolher quem vai feri-lo." Então, preciso ser responsável pelas minhas escolhas e aprender a conviver com a dor caso tenha que lidar com ela eventualmente. Sinto saudade de estar apaixonada e pensando na mesma pessoa o tempo inteiro faz tanto tempo que me provei disso que nem sei como é que sentir isso de novo, eu acho.

Olho pra janela lá fora, penso e sei que o mundo é imenso e posso não me apaixonar imediatamente por algo ou alguém, mas me apaixonei por mim mesma em 2017 e em 2018 pelas partes mais difíceis, sombrias e que procuro esconder das pessoas na maior parte do tempo. Me abri para novas pessoas, deixei o passado onde ele não deveria ter saído, cai de paraquedas numa situação completamente inusitada onde estou sendo 100% eu mesma e adorando cada segundo. É bom estar leve, me sentir feliz e a vontade para fazer piadas sem garça, sorrir de filmes bobos e conversar sobre qualquer coisa.

Embarcar nessa nova situação me fez ter certeza que posso ter um descanso de novo e repousar no coração de alguém, fazer dele meu recanto. Viajar de corpo inteiro me fez conhecer o que é ser no singular e querer o plural. E provavelmente foi o que me deu vontade de me apaixonar de novo e achar um lar pro acaso do meu coração.

domingo, 27 de janeiro de 2019

Uma nova história de amor | Escritos

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Começando do zero | Escritos

Leia ouvindo: Viva - Zimbra

Quando se tem ansiedade o simples ato de recomeçar é difícil. 

Nós últimos três anos, escrever nesse blog tem sido uma das poucas coisas na quais concentro minha energia e me faz extremamente feliz. Neste ano todos os projetos em que me envolvi ou simplesmente arquitetei deram muito errado. E no começo foi inevitável não me culpar, me comparar e ter vontade de desistir de novo. Sim, de novo. A ideia de apagar este site sempre me assombra nos momentos mais complicados da minha vida pessoal, profissional e adulta. Não tenho mais treze anos, mas às vezes me sinto como uma garotinha assustada na maior parte do tempo. O diagnóstico da ansiedade colaborou de certa forma com tudo. Sempre me cobrei demais, pois fui criada dessa maneira e não sei sei gentil e compreensiva comigo mesma, mas estou aprendendo sobre isso na terapia.

Às vezes eu preciso me permitir desmoronar e entender que está tudo bem, pois não sou uma grande muralha. É como a Clarice Freire uma das minhas autoras favoritas escreveu uma vez "Tentando segurar água entre os dedos, vi o quanto é inútil me segurar aos meu medos." Comentei sobre deixar de ser medrosa a pequenos passos nesse texto aqui. Em comparação aos últimos anos adquiri a postura da mulher cofiante e que entende que vai dar sim pode dar errado, pois ninguém além de Deus pode ter o controle de tudo. (escrevendo isso, mas sigo afastada de religião e me sinto muito melhor assim, pois quanto mais conheço a repeito de religião mais entendo que isso não tem nada a ver com Deus)

Uma das minhas melhores amigas viajou na terça passada para um dos lugares que mais quero conhecer no mundo e na companhia dela. E isso me deixou muto feliz por ela estra tendo essa oportunidade, mas deixou meu coração morrendo de saudade e a despedida dela me rendeu um conto que estou pensando em escrever e postar no natal (sem promessas rs). Me senti muito na necessidade de escrever sobre isso por aqui, pois desde que escrevi sobre saúde mental por aqui tive muitos comentários positivos a respeito (eu chorei com algumas mensagens). Provavelmente está é a minha crise dos vinte se prolongando mais do que devia, porém ao mesmo tempo que vivi coisas dolorosas demais como perder o meu avô, entrar em crise por mais vezes do que posso contar e perder o primeiro show da minha banda favorita na cidade.

Conheci pessoas amáveis que espero sempre manter contato pela energia boa e conversa bacana. Fui ao segundo show da minha banda favorita com direito a foto com os membros, comecei finalmente o rascunho de Fred e Júlia (meu primeiro livro vem finalmente :'), entrei numa jornada de autoconhecimento a respeito de escrita e encontrei a minha voz na literatura. Parece que vivi cinco anos em apenas um e os astros nem me alertaram disso. Minha estante de livros cresceu, mas ao mesmo tempo que isso aconteceu a estante também foi esvaziada. Fiz uma promessa a mim mesma de que todo ano iria doar alguns livros no meu aniversário. Meus pais nem sempre tiveram bons salários e minha vó nem sempre me deu grana como hoje. Desse modo, pensei que seria muito legal proporcionar para uma garota que assim como eu, pudesse ser salva pelo livros sendo levada a enxergar outras narrativas dentro do mundo e enxergasse um lugar para ela nele.   

É coisa demais para saber numa folha de caderno né? por isso eu corri e abri a janela de nova postagem. Não vou prometer nada e nem dar spoilers, mas uma nova fase vem ai e espero conquistar novos leitores e cativar os mais velhos. Se você se sentir com vontade partir tudo bem, às vezes duas pessoas estão em tempos diferentes da vida e por isso eventualmente se desencontram ou deixam de fazer parte do mesmo ciclo. Só espero que assim como eu aprendo com a minha psicóloga toda sessão, você compreenda que é importante respeitar sua jornada e algumas pessoas que já fizeram parte dela.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Começando do zero | Escritos

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Resistindo ou só indo? | Escritos


Meu corpo está cansado e a mente tentando reagir ao resultado.

Só que a lua está em câncer então estabilidade emocional não teremos tão cedo. Achei que o mundo estava ao contrário quando liguei a TV e vi o resultado. Dormi pedindo que tudo fosse um sonho ruim, mas o pesadelo é real e nesse meio tempo já se instaurou o caos. Não tem para onde fugir ou correr, está tudo acabado.

Passei o dia sentindo o peito pesado e pedindo para estar errada sobre os próximos quatros anos. Recebi áudios aos prantos, mensagens repletas de medo e a angústia só cresceu. Não sei como começar a me fortalecer. A militância que me perdoe, mas eu não consigo ir às ruas agora. O peso da derrota é grande e saber lidar com ele não é algo que nos foi ensinado. Fala-se muito sobre vitórias, mas em todo o nosso caminho histórico isso jamais foi debatido e/ou ensinado. Lidar com a derrota dói mais do que imaginei. Vi o Chico chorar, vi o feminicídio atacar, vi a criança sofrer, vi gente desaparecer, vi a história se repetir e assisti a democracia morrer.

Todos nós perdemos.

Só que para alguns grupos especialmente os minoritários a dor nem consegue ser descrita, pois o país que mais tira suas vidas votou contra sua existência. Como sobreviver a isso?

A pergunta não vai sumir da minha cabeça e provavelmente nem na sua que está lendo isso. Ninguém sabe como seguir não existe fórmula secreta para tudo. Infelizmente as coisas não são tão pragmáticas como na matemática, mas apesar de você amanhã há de ser outro dia. Perdemos na urna, porém não vamos perder enquanto grupo.

Resistindo ou só indo? Sinceramente, não sei. Levantamos hoje e seguimos. O amanhã que vai chegar é com vocês.

Se fortaleçam, pois há luta.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Resistindo ou só indo? | Escritos

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Algumas coisas acabam ficando no caminho | Escritos

Leia ouvindo: Mercy - Shawn Mendes

As coisas mudam, o tempo passa e os sentimentos não são mais os mesmos. Os pequenos detalhes que afetam tanto passaram a ser quase ignorados ou apenas vistos e deixados de lado. 

A gente cresce os sentimentos mudam. Amadurecemos e às vezes eles crescem conosco, mas na maioria das vezes ficam no caminho. Não por raiva, rancor ou ausência de reciprocidade, mas por que um dia a gente olha pra trás depois de tanto se afundar num sentimento e percebe que foi tudo um equívoco. Nada mais do que uma história que aconteceu no tempo errado ou que só não tinha para ser. 

Os sentimentos certos aparecem nas horas erradas e menos oportunas. É como se a vida quisesse nos fazer um teste de amadurecimento e quase sempre a gente reprova. Por não ter maturidade ou por simplesmente não estar preparado para isso. "O amor vem para os distraídos" e isso não significa dizer que eles estão preparados para ele e toda intensidade que vem junto com o momento.

Perdemos amores, ganhamos dores, mas aprendemos a viver com elas. E um dia elas simplesmente deixam de existir, evaporam por mais que a gente tente fugir evitar ou nos convencer que essa hora chegou. Ninguém nunca sabe o momento certo.


": frase da Isabela Freitas.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Algumas coisas acabam ficando no caminho | Escritos

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Driblando a ansiedade e criando novos personagens | Escritos

Foto: Pinterest

Tem dias que a ansiedade parece que vai me engolir.

E eu particularmente detesto isso profundamente. Às vezes é bem pesado porque eu simplesmente não consigo desligar a minha mente e dormir. Outras vezes é dilacerador internamente falando pensar demais, fazer de menos e isso se tona um ciclo constante. Se todas as coisas que penso num dia fossem anotadas provavelmente não teria tantas agendas incompletas guardadas no meu quarto.  

Porque se tem uma coisa que faço é pensar e divagar, na verdade literalmente viajo entre meus pensamentos. Sabe aquele lance de uma moeda pelos seus pensamentos acho que vi isso num filme, mas não lembro qual. Se alguém me dissesse isso provavelmente ficaria assustado com o volume e ritmo em que as ideias dançam na minha cabeça. É louco e pode ser bem desesperador às vezes, já fui rainha em sofrer por antecipação e olha me fazia um mal do cassete, mas com o passar dos anos venho conseguindo levar bem melhor com mais nitidez em determinadas situações. Hoje, penso, o que posso fazer para resolver isso? Como posso levar isso na calma sem ter um leve surto interno jogar tudo pro alto e correr pro mais longe possível? parece estranho, porém funciona. 

Nos dias que a ansiedade te domina e você não controla nada. Respirar fundo e pensar nessas coisas é uma mão na roda, mas isso não quer dizer que vai funcionar sempre. Às vezes me permito ficar na merda mesmo, sentada na minha cama sem livros (um milagre) sem música (um segundo milagre) e apreciando o silêncio que por mais seja solitário é muitas vezes onde crio minhas histórias, penso nos meus personagens converso com eles mentalmente e os imagino como se eles fossem meus melhores amigos. E então penso, é eu poderia escrever isto ou aquela história é realmente legal. Que texto de merda foi esse que pensei? ninguém leria isto, mas ai reviso dez vezes e acho que está incrível e que o mundo precisa ler.

Isso basicamente tem acontecido com mais frequência do que gostaria, mas sigo driblando a ansiedade e pondo minha saúde mental no pódio de coisas com as quais preciso me manter alerta, ou seja, no primeiro lugar antes de tudo pelo qual a maioria as pessoas não consideram importante, mas é de SUMA IMPORTÂNCIA. Apesar de existir todo um discurso de saúde mental atualmente todos nós sabemos que isso não alcança todo mundo e que nossos pais viveram numa geração completamente diferente da nossa. E inserir eles a está realidade é complicado, mas não impossível. 

E se você se identificou lendo o texto nunca é tarde para pediu ajuda, viu? (E nem para amar, eu amo esse filminho assistam) Você só precisar dar o primeiro passo.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Driblando a ansiedade e criando novos personagens | Escritos