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terça-feira, 1 de setembro de 2015

#LeiaUmNacional: Fernanda Medeiros.

Oi gente, tudo bem? A entrevistada de hoje para campanha #LeiaUmNacional uma das autoras de Triângulos de quatro lados a Fernanda Medeiros, espero que gostem da entrevista e de conhecer um pouco mais da autora.

PROJETO LEIA UM NACIONAL – ENTREVISTANDO ESCRITORES NACIONAIS.
1º Por que decidiu se tornar escritor? 
Vou te confessar uma coisa. Eu sou muito tímida e travo até pra falar "Oi, tudo bem?" Então, as palavras escritas se transformaram em um refúgio, pra mim. É minha melhor forma de me expressar, sabe? Sou muito mais eloquente ao escrever. Se me fizesse essa mesma pergunta e eu precisasse falar para responder, eu diria: "Pão de batata." E só. kkkk Já para escrever... Vou tagarelar por horas. Brincadeiras à parte sabe aquela história da varinha do 

Harry Potter que escolhe seu dono? Acho que comigo foi assim. Eu aprendi a escrever e já comecei a criar pequenos poemas sobre coisas das quais gostava. A maioria deles era sobre chuva. Eu sempre gostei de chuva. kkk
Depois, escrever se tornou um refúgio, um lugar onde eu podia explorar minha mente, e expurgar meus medos, traumas. Quando eu escrevia, o mundo era um lugar melhor. Ou pelo menos um lugar onde era suportável viver. Escrever me salvou nos piores momentos da minha vida, e eu nem tinha consciência disso, porque era nova demais para ter essa noção. Eu só escrevia. E poder dizer hoje que sou escritora, assim de profissão, é a realização de um sonho que surgiu quando comecei a juntar as primeiras palavras. Não sei o que seria de mim, se não fossem as palavras escritas.

2º Qual sua maior inspiração para escrever?
Vou citar um cara que eu gosto, pra falar sobre isso. Uma vez eu li uma entrevista do Mike Shinoda -aquele lindo do Linkin Park- em que perguntava a ele qual era a inspiração dele para criar a arte dele, música. Ele disse que escrevia sobre emoções universais, fossem insignificantes, otimistas ou frustrantes. Disse que escrevia sobre o cotidiano, porque sabia que havia outras pessoas indo na mesma direção que ele. Depois que li isso, há dez anos, eu poli um conceito. Não sou a única pessoa que já sofreu um trauma, que já passou por uma alegria sufocante, que já sentiu saudade ou que já chorou de tristeza.
Há algo de humano em tudo o que fazemos, e, por mais que sejamos completamente diferentes um do outro, eu e você, temos em comum essa característica que nos une em um rebanho de emoções desgovernadas e passionais. Depois que admiti isso tentei escrever com honestidade, porque sei que, em algum lugar, alguém se sentiria como eu. Em algum lugar do mundo sei alguém se identificaria comigo e poderíamos compartilhar uma experiência. Autores e leitores vivem disso, afinal, não é? Uma troca de experiências.
Por isso posso dizer que, tal como o Mike, eu me inspiro nas emoções universais, porque elas são universais.

3º Já teve uma fase de bloqueio criativo? Se sim, como foi que conseguiu sair dele?
Todo mundo tem um bad hair day, né? Rsrs. Já passei por muitos dias em que eu encarava a folha em branco e não conseguia soltar sequer uma palavra. Às vezes porque estava com a cabeça longe, pensando em algum problema, ou por cansaço mesmo. Quando acontece eu sempre paro, respiro, e vou fazer outra coisa. Inspiração não tem hora marcada, uma fórmula. Então, no momento em que eu me sinto vazia, busco inspiração em coisas simples. Leio um livro, vejo um filme, ouço uma música. Arte me inspira. Ver o que o ser humano é capaz de criar me inspira a criar também. A capacidade de criar, a criatividade do ser humano, tudo isso é capaz de mudar o mundo. É um poder sem limites e, se você quer saber o que eu penso, com grandes poderes... Haha, vem grandes responsabilidades!

4º Você acredita que as pessoas estão se tornando leitores mais cedo hoje devido ao mercado literário estar bem variado?
Com toda a certeza. Eu nasci na geração que acompanhou o crescimento de uma saga que mudou a história da literatura mundial, Harry Potter. Sinto um profundo orgulho de ter feito parte dessa geração e me sinto profundamente feliz quando vejo leitores tão jovens que nos acompanham que consomem livros e que, ainda que muito jovens, tem um senso crítico em formação. Para que houvesse um mercado literário variado, houve antes um interesse por parte dos leitores em geral. Falo por mim, como autora, que me sinto feliz quando vejo crianças pedindo para ler. E falo por mim, como leitora, que me sinto feliz ao entrar em uma livraria cheia, e quando posso compartilhar meu amor pela leitura com milhares e milhares de outras pessoas. É lindo!

5º Qual seu escritor favorito e por quê?
Vixi. Rsrsrs. Pergunta como é possível chegar à paz mundial... É mais fácil. Rsrs. Bem... Vou contar um segredo. Eu tenho uma forte tendência ao gótico, ao sombrio, essas coisas obscuras. Minha diva, Amy Lee, tem uma frase que eu utilizo sempre que é: "Aqui na escuridão eu me conheço." Então, na literatura também é assim, por isso vou falar do meu amor platônico. Neil Gaiman é um dos meus favoritos porque a pessoa que escreve livros como Coraline, Sandman e O Livro do Cemitério merece o Oscar, o Nobel, o Grammy, e todos esses prêmios importantes. Rsrs. Que argumento, hein? Mas, falando sério, eu sou completamente apaixonada pelo modo como o Neil Gaiman conduz todas as histórias que ele cria. Eu sempre comento isso, mas é porque é a verdade. Ele escreve com uma delicadeza, com uma sutileza, é puramente grandioso e morbidamente bonito.
Quero casar com ele, quero ser mãe dos filhos dele, quero que ele escreva mais um milhão de histórias. kkkkk

6º Gosta de produzir ouvindo música? Se sim quais?
Eu estou escutando música agora mesmo, enquanto respondo a entrevista. Rsrs. Led Zeppelin - Babe I'm gonna leave you. Minha imaginação é movida à melodias, então eu ouço músicas o tempo inteiro. Eu acordo ouvindo música, corro ouvindo música vou à academia ouvindo música e quando não estou ouvindo música, estou cantando sozinha. Música faz parte de mim, então, na hora de escrever, ela também me ajuda a pensar, a criar. As melodias me conectam com minha imaginação. Elas me envolvem com o sentimento, com as cores que elas pintam e com as palavras que não dizem, e até com as que dizem. A subjetividade de uma boa música flui como inspiração, para mim.
Meu tipo de música preferido é rock, mas eu sou de uma vertente mais obscura. Algumas das minhas bandas preferidas são Lacuna Coil, Whitin Temptation, Tristania, Epica, Theatre of Tragedy. Também gosto do System of a Down, Korn, Linkin Park, Slipknot, Metallica, Avenged Sevenfold... E, por fim, Evanescence e My Chemical Romance, que possuem alguns dos álbuns mais inspiradores que eu já ouvi.

7º Hoje em dia os jovens vem cada vez mais devorando livros e mais livros, No futuro acredita que boa parte da nossa sociedade vai adotar o hábito da leitura com mais facilidade?
Acredito que sim. O fato de que os livros estão em evidência e a massa de leitores é cada vez maior dá um novo costume ao brasileiro, o hábito de ler. E certos hábitos adquiridos na infância e na adolescência são levados para a vida inteira. Eu, particularmente, torço para que ele não morra jamais, porque ainda não inventaram um jeito melhor de passar o tempo. Ler ainda é a melhor diversão pra mim. Claro, tem o vIdeo game e os filmes, mas ler... Só não é melhor que escrever. kkk

8º Qual sua relação com seus leitores?
Hm... Às vezes eu acho que meu coração não vai aguentar tanta alegria. kkkk São infartos diários sempre que vejo a capa da Triângulo de 4 Lados em algum lugar. Sempre que vejo que alguém está lendo, e todas as mensagens de apoio e de carinho que recebo. Sinto-me mais perto de realizar meu sonho a cada novo leitor, a cada vez que um leitor dá vida à Sara, ao Brent, ao Rodrigo e ao Matheus, personagens centrais da história. Eu também sempre deixo o caminho aberto para discussões, respondo dúvidas. Tenho uma relação bem próxima com o público, e amo isso. Aceito críticas, quando feitas com respeito, e, pra ser sincera, eu prefiro as críticas ao elogio, porque o elogio ilude, e a crítica me mostra onde eu errei, para que possa corrigir e buscar a perfeição.

9º Sei como é maravilhoso para um escritor ter seu trabalho reconhecido, como foi saber que livro seria publicado?
Depois de chorar? Bem, eu saí dançando pela casa e, acredite, eu não sei dançar. Aí eu chorei de novo. Aí eu comecei a pular no quarto. Aí eu me deitei e fiquei olhando o teto. Aí depois eu levantei e liguei pro meu namorado, e falei com as minhas amigas no wpp. Aí depois eu ouvi We are the champions, em homenagem à Sara, personagem principal da Triângulo. Nem lembro se eu comi, naquele dia. Só conseguia pensar em: O triângulo vai ser publicado. O triângulo vai ser publicado. O triângulo vai ser publicado. AAAAAAAAHHHH! Hahaha

10º Faça ma lista dos seus 5 livros nacionais preferidos.
Espíritos de Gelo - Raphael Draccon.
Noite na Taverna - Álvares de Azevedo.
A Morte sem nome - Santiago Nazarian.
Prova de Fogo - Pedro Bandeira.

Um amor, um café e Nova York - Augusto Alvarenga.


Então pessoal essa foi a entrevista, espero que tenham gostado, apesar de ser suspeita para opinião devido ao carinho e  simpatia que criei por essa autora mesmo sem a conhecer ainda, poucas pessoas escrevem com tanto sentimento e paixão, me sinto muito orgulhosa por ter tido o prazer de entrevistar uma autora assim. Fernanda muito obrigada por essa bela entrevista que você publique mais e mais livros, parabéns pela pessoa/escritora que você é!

<------- Foto da autora




Ainda não acabou ela mandou um release uma bela sinopse do livro para vocês, espero que curtam!



Triângulo de 4 Lados

Adelina Barbosa; Fernanda Medeiros
Editora D'Plácido | 320 p. | R$29,90

Sinopse:
Unhas mal pintadas de preto e camisas de bandas. Ela ama O Diário de Bridget Jones, chocolate, e a banda Misfits. Odeia trovões, lágrimas, e ser chamada de criança. Sara Alcântara tem 17 anos e, como qualquer garota de sua idade, tem um relacionamento de amor e ódio com a mãe, com seus estudos, e com a própria vida. Ama suas amigas, que são seu suporte, e sua base. Até aquela paixão adolescente, platônica, ela possui. Ele tem nome, sobrenome, e grau de parentesco: Rodrigo Guano, seu primo. Depois do primeiro beijo, tudo pode acontecer. Ou assim ela pensa ser, até que viaja para Paris para passar as férias. Quando volta, tudo está diferente, inclusive ela. Sara se vê inserida num triângulo amoroso... Ou seria um quadrado?

Breves Biografias:
Adelina Barbosa é formada em Relações Internacional e Pós-graduada em Projetos Editoriais Impressos. Sempre com um livro na bolsa e um bloco de anotações para não perder nenhuma ideia. Extremamente romântica e sentimental... Principalmente na TPM.

Fernanda Medeiros é formada em Direito e escreve desde criança. Tem sua própria forma de ver o mundo, e ele se parece com filmes de Tim Burton, canções de Amy Lee e a literatura de Neil Gaiman. Ama ler ficção científica e quadrinhos de Super-Heróis. E... Viva ao Batman!

***
As autoras se conheceram na internet em 2006, em um site onde escreviam fanfics – histórias de personagens famosos criadas por seus fãs – e desde então trabalham juntas. O título que foi lançado pela Editora D'Plácido, no dia 15 de Agosto, na Livraria Saraiva do Shopping Partage, em Mossoró - Rio Grande do Norte, é a estreia delas como autoras.

O livro já está em à venda no site da editora: www.livrariadplacido.com.br

Leia um trecho do livro:
http://issuu.com/editoradplacido/docs/issuu_triangulo_de_4_lados

Gostam da entrevista? Já conheciam o trabalho das autoras ou conheceram agora? Me conte nos comentários!





terça-feira, 1 de setembro de 2015

#LeiaUmNacional: Fernanda Medeiros.