Sorte Grande | Estante

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Nome: Sorte Grande.
Autor: Jennifer E. Smith. 
Editora: Galera Record.
Páginas: 384 páginas.
Classificação: 
Onde encontrar: Amazon | Cultura | Saraiva | Submarino

Sinopse: Alice não acredita mais em sorte depois que perdeu os pais tragicamente. Mas ainda acredita no amor de seus tios, o primo Leo e o melhor amigo o Teddy. Uma combinação maluca de datas especias, bilhetes de loteria e aniversários faz com que ela dê um bilhete vencedor de presente para o seu amigo. O garoto acaba ganha a bolada de quase 150 milhões de dólares e isso muda tudo na vida dos três amigos. Um beijo trocado na hora errada acaba deixando tudo ainda mais confuso. Dinheiro não compra amor, mas será que ele não pode ajudar esses garotos?

Alice tem uma vida feliz com seus tios, mas ela daria tudo para poder abraçar seus pais outra vez. Desde que eles se foram é como se um muro tivesse se erguido sobre ela e deixar as pessoas entrarem é complicado, pois não é tão fácil quanto parece. Quando seu melhor amigo Teddy está prestes a completar dezoito anos ela acredita que um bilhete de loteria seria um ótimo presente. Com a combinação de aniversários e datas importantes ela aposta no presente sem pretensão de que tudo fosse mudar a partir daquilo.

Teddy e sua mãe tem tido uma vida difícil desde que o seu pai os deixou. O dinheiro vem na hora que ele menos espera e proporciona tudo que ele queria dar a mãe: mais conforto e menos tempo trabalhando. O que ele não esperava que um beijo trocado entre as comemorações o deixasse tão confuso e incerto sobre o futuro. 


Minhas impressões:
A narrativa da Jennifer é uma das minhas favoritas. Sou complemente apaixonada pela maneira que ela descreve os personagens e maneira com que faz a narrativa parecer leve mesmo com assuntos mais pesados. Uma das características de sua escrita é escrever romances com enfoque familiar o que particularmente me fez ficar apaixonada por ela desde A probabilidade estatística do amor à primeira vista e A geografia de nós dois já resenhados aqui no blog.

Escrever sobre problemas familiares tão bem é realmente o dom dessa mulher. Confesso que não gostei muito do Teddy em alguns momentos da história, mas entendo as motivações de algumas atitudes dele, só não concordo. Sempre tocando em temas profundos e acolhedores dentro do âmbito familiar ao citar as características de famílias que mesmo dentro de esteriótipos funcionam disfuncionalmente, pois não exite um modelo ideal.

O romance sempre tem um segundo plano. Ela faz os amigos serem uma espécie de rede para os problemas familiares e desavenças da vida. Sempre criando um grupo de amigos ou um determinado personagem de importância na história. A Alice, Leo e Teddy assim como muitos adolescentes estão passando pelos dilemas de descobrir quem eles querem ser e quem vão se tornar depois do ensino médio. E acompanhar isso tudo a partir da perspectiva da autora e sua narrativa particular é o que sempre me deixa animada para um novo livro dela. 

A narrativa parece cansativa caso você não esteja habituado aos livros dela, mas assim como em A geografia de nós dois tudo isso influência no resultado final onde todas as ponta se encaixam.

Citações Favoritas:

A vida não se curva a vontade de ninguém. E também não funciona baseada em um sistema de créditos. Só porque o mundo roubou algo de mim, não significa que me deva outra coisa em trica. E só porque estoquei uma quantidade grande de má sorte, não significa que vá receber algo de bom em troca.

As coisas que eu mais queria no mundo não podem ser compradas com dinheiro.

Quantas vezes uma vida pode ser dividida entre antes e depois?

Para sempre, penso, fechando os olhos por um segundo. Parece uma promessa tão frágil.

E ser parte de uma coisa - ser realmente parte - significa que essa coisa pode ser tirada de você. Significa que você tem algo a perder. E eu já perdi coisas demais.

Existem todo tipo de palavras que podem nos descrever. Mas a gente é que escolhe as mais importantes.

Você já foi a maior sorte que me aconteceu. 

Estar tão próximo de alguém que você ama sem que a pessoa saiba. Sem que ela jamais retribua. É terrível também.

Não é nenhum crime você sabe né? - O que? - Sua cabeça e seus coração estarem em lugares diferentes.

Às vezes, parece que o tempo é maleável, como se o passado se recusasse a ficar quieto e você acabasse arrastando por aí com você, querendo ou não. Outras vezes, parece tão antigo e distante quanto aqueles castelos. Talvez seja assim que as coisas devam ser. 

Há um espaço entre esquecer e seguir em frente, e ele não é fácil controlar.

Eu devia saber melhor que qualquer pessoa que a sorte não é um recurso infinito.

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