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segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

A impossível faca da memória | Estante

Nome: A  impossível faca da memória.
Autora: Laurie Halse Anderson.
Editora: Valentina.
Páginas: 352 páginas.
Classificação:  

Sinopse: Hayley Kincain passou anos viajando de caminha na companhia de seu pai fugindo das lembranças que os assombravam. De volta a cidade natal de Andy, ela está indo para escola outra vez e na tentativa de ter uma vida normal. Convivendo em meio a depressão de seu pai os dias parecem ser só nebulosos e o cenário psicológico dele parece complicar todos os dias. Enfrentando seus demônio anteriores e convivendo com luto da perda de sua mãe, Hayley se enxerga perdida tentando fugir de suas memórias.

Após a morte de sua mãe, seu pai esteve em um cenário de estresse pós traumático por ser um veterano de guerra, sem tratamento e em negação sobre o seu estado emocional os papéis de pai e filha se invertem e a garota se vê perdida ao tentar ajudá-lo. Após retornar a sua cidade natal, reencontrar sua amiga de infância e apesar de não ter muitas lembranças recorrentes da garota sua amizade parece ocupar um espaço que está faltando na vida de Hayley, junto com ela o jovem Finn se aproxima da garota sendo levemente encantador e divertido deixando aquele cenário sombrio de sua casa e suas manhãs à caminho da escola mais leves e engraçadas.

A Hayley nunca estudou numa escola e quem sempre lhe deu aulas foi seu pai o que foi um impasse na sua adaptação escolar e que é narrada ao longo da história. Como a garota sempre passou sua vida viajando com seu pai que era caminhoneiro fazer planos para o futuro parece deixar tudo confuso, pois o amanhã a assusta mais do que qualquer outra coisa e sua orientadora tentando entender o que se passa com ela parece deixar tudo mais complicado ainda.

Minhas impressões:
Fazia tempo que não lia uma história tão diverta e encantadoramente dolorosa. A narrativa de Halse é repleta de dor e dá uma nova roupagem a tristeza existente em toda a história de Hayley que possui um humor ácido e um tanto quanto peculiar.  É uma personagem feminina extremamente forte, divertida e as cenas do livro são bem equilibradas. O enredo é bem atrativo e discuti muito sobre afeto, família e responsabilidade emocional. Tem um romance, mas ele é bem leve e é posto segundo plano, mas tem um destaque interessante o Finn é um personagem muito divertido e em todas as cenas que ele faz parte junto com a Hayley a química entre os dois personagens é inegável e naturalmente construída.

É importante ressaltar que esse livro pode conter gatilhos para depressão, transtorno de bipolaridade e estresse pós traumático. O pai da personagem é veterano de guerra existem várias cenas que podem vir a ser gatilhos ou facilmente impactadas por leitores mais sensíveis por conterem abusos de álcool e drogas. A forma como a história é narrada  pode não ser confortável para algumas pessoas porque a forma como a autora narra é bem específica e particular da sua escrita, os personagens são estruturados de acordo com essa narrativa o que não nos faz criar um laço com eles além do superficial e muito parecido com Fale! que é outro livro da autora em alguns sentidos de criação e estruturação.

No mais é uma boa história, bem construída e que contém clichês de outros livros jovem adulto, mas que não se perde ou se resume apenas neles o que é o diferencial da história e provavelmente o que me fez gostar tanto dela. 


Citações favoritas:

Família NÃO significa apenas uma unidade biológica composta por pessoas que compartilham marcadores genéticos ou vínculos legais, encabeçada por um casal heterossexual. Família é muito mais do que isso. Porque não estamos mais vivendo em 1915, entende?

A diferença entre esquecer uma coisa e não se lembrar dela é tão grande que dá para um caminhão passar entre as duas.

A alma dele ainda está sangrando. Isso é muito mais difícil de curar do que uma perna ferida ou uma concussão cerebral.

Meus pés pareciam enraizados na terra. Havia mais do que dois corpos enterrados ali. Havia pedaços de mim que eu nem sabia que estavam sob o chão.

Diga-lhe que é igualzinha à mãe. E que é forte o bastante para enfrentar o mundo.

Lá na borda, a rotação da Terra tinha diminuído para nos dar o tempo de que precisávamos para reencontrar um ao outro.

Não se pode fugir da dor, garota. Lute com ela e fique mais forte.

Eu fechara a porta para as lembranças porque doíam.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

A impossível faca da memória | Estante

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Minha vida mora ao lado | Estante

Nome: Minha vida mora ao lado.
Autora: Huntley Fitzpatrick.
Editora: Valentina.
Páginas: 319 páginas.
Classificação: 
Onde encontrar: Amazon | Cultura| Saraiva | Submarino

Sinopse: Sam sempre gostou de espiar seus vizinhos pela sua janela. A sua família é muito regrada e sua mãe tem carreira na política e esta focando nela e neste verão, a sua irmã está de férias, mas decidiu não voltar para casa desta vez. Ela sempre observou os Garret seus vizinhos uma família grande e muito divertida da qual ela espia pela sua varanda há anos. Desta vez, uma estranha coincidência faz com que um dos filhos desta família acabe ficando próxima dela naquele verão.

Seria clichê dizer que Samantha nem de longe esperava o que estava prestes a acontecer? Ela sempre teve uma vida muito certinha sob os olhos de sua mãe. Porém este verão ela decidiu se dedicar a carreira política o que deixou a garota um pouco mais a vontade para ter experiências novas e conhecer pessoas diferentes. Numa noite de verão Jase Garret acaba se aproximando e o todo aquele barulho, afeto e caos que ela sempre que fizesse parte da sua vida estava mais perto do que esperava.

Quanto mais eles se aproximam mais percebem que estão se apaixonando um pelo outro. Porém eles precisam aprender lidar com todas as desavenças a respeito de suas famílias e primeiro amor. Até que algo acontece com Sam e ela se vê perdida a qual família recorrer. Será que alguém está pronto pra sacrificar tudo pela verdade?

Minhas impressões:
A narrativa da autora é cativante. Estava tão saturada de mais do mesmo que quando li, fiquei muito feliz de que apesar do enredo clichê pelos mesmos dilemas adolescente os personagens eram um pouquinho fora da curva. Livros com enfoque familiar são sempre os meus favoritos e as discussões a repeito de família deste livro são bem relevantes. Tem muitos personagens e todos eles tem um papel importante nesta história, o que é muito legal e difícil de ser feito sem deixar cansativa a leitura. Meu favorito sem dúvida é o irmão mais novo do Jase o George chama a Samantha de Sailor Moon e ama toy story. 

A leitura é muito gostosa e amo ler sobre famílias grandes muita confusão, gritaria e diálogos engraçados. A risada é garantida assim como suspiros como naquelas filmes da sessão da tarde. Também vamos ter umas reflexões a respeito de descobertas e maturidade na adolescência, afinal todo YA tem. O diferencial é a forma como é retratado e escrita gostosa da Huntley que deixa tudo mais leve.

É mais que um romance de verão é um grande diálogo sobre família, amar e ser amado. E tudo isso vai transformar ela como pessoa e isso não se dá apenas em função do seu relacionamento. As mudanças que ocorrem devido a aproximação dos dois mudam a perspectiva que a ´personagem tem sobre a vida e principalmente como pessoa. Também tem uma discussão sobre política de forma mais romantizada é claro, pois esse não é o foco principal da história.


Citações favoritas:

Acho que gosto de coisas que exigem tempo e atenção. Vale mais a pena assim.

Você está andando por um caminho, impressionado com a perfeição dele, com o fato de você se sentir incrível e, algumas esquinas depois, se perde num lugar pior do que qualquer coisa que poderia ter imaginado.

No entanto, nunca sabemos com certeza se, quando as coisas desmoronarem, vamos pensar na nossa segurança primeiro ou se isso vai ser a última coisa que vai passar pela nossa cabeça.

Nenhuma palavra é dita por um longo tempo. Mas tudo bem, porque até as mais importantes são apenas substitutos para o que podemos expressar de forma melhor sem nada a dizer. 

Não tem nada a ver com o jeito como as coisas parecem ao longe e tudo a ver como o modo como ela são de verdade.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Minha vida mora ao lado | Estante