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terça-feira, 29 de maio de 2018

A Luz que perdemos | Estante

Foto: Arqueiro.
Nome: A luz que perdemos.
Autora: Jill Santopolo.
Editora: Arqueiro.
Páginas: 336 páginas.
Classificação:

Onde encontrar: Amazon | Cultura | Saraiva | Submarino

Sinopse: O onze de setembro desencadeou várias coisas e uma delas foi um grande propósito na vida de Gabe e Luce. Ambos não esperavam por esse encontro, nem que um ataque terrorista desencadeasse algo tão incrível dentro deles como esse proposito tão grande pela vida e de correr atrás dos seus sonhos. Eles sentem que tem muito a fazer pelo mundo, mas de formas diferentes e a intensidade com que levam essas relações e todos os percalços no caminho é de emocionar e aquecer o coração. Histórias de amor não precisam ser imensas para serem bonitas. 13 anos é muito tempo, mas todas a ramificações dessa história vão permear a vida desses personagens para sempre.

Luce e Gabe se conhecem na faculdade devido ao atentado do onze de setembro, mas esse é só um dos vários encontros que eles vão ter ao longo da vida. Num relacionamento é comum ter a discussão sobre quem vai ceder mais para que tudo funcione melhor para ambos. Só que abdicar dos seus sonhos para viver em função de uma outra pessoa é pedir muito, mas e se eles fizerem isso? Toda a história é sobre como no mundo temos inúmeras possibilidades e ás vezes ao escolhemos uma fechamos uma porta de outras possibilidades.

A Luce que narra a história sofre muito com o papel da mulher na sociedade e do que as pessoas esperam que ela se trone. Abrindo diversas discussões sobre ser mulher, qual a melhor saída ou caminho?  E por que não posso viver a vida dos meus sonhos? Só porque não esperam isso de mim?
e todo final de capítulo ela narra como isso tudo está no presente e você só encontra o presente no final do livro.

Minhas impressões: 
Meu maior medo ao ler a história era que o onze de setembro fosse romantizado, mas ao contrário do que esperava esse acontecimento se tornou um propósito na vida dos personagens principais. Nem sei por onde começar a falar desta história. Quando comecei o livro esperava que fosse daqueles que você põe na cabeceira e lê no fim do dia, mas não se envolve diretamente com a história. Estava enganada, me vi absorvida pela história e cheia de incertezas sobre o que acredito ser amor, paixão, família e sobre o futuro. 

A vida é baseada em escolhas, talvez Luce e Gabe não tenham feito as melhores, mas não abdicaram de seus sonhos para viver os do outro e ambos terão minha profunda admiração por isso. Histórias de amor são contadas o tempo todo, mas de maneiras diferentes e obedecendo uma fórmula. Esta teve suas divergências, pontos positivos e negativos. Resinificou o 11 de setembro sem romantizar o que aconteceu. O descreveu de maneira dura e dolorosa que deixa o leitor com o pesar no peito pelo está lendo, me vi perdidas em lágrimas ao longo das páginas. Fui feliz, triste (com algumas cenas) mas no final adorei o romance. Me arrebatou por completo e virou um dos meus favoritos desse ano.

Em suma, essa história é uma grande metáfora sobre escolhas, sonhos, futuro e amor. E que provavelmente vai arrebatar muitos leitores.

Citações favoritas:
Você me ensinou a buscar a beleza. Em meio as ruínas e à escuridão, você sempre encontrou a luz.

Às vezes os objetos parecem ser testemunhas da história.

Há algo na morte que faz as pessoas desejarem viver.

Há momentos que alteram a vida das pessoas.

Toda vez que encontro você o mundo está em pedaços.

Nunca vou agir como se os seus sonhos fossem descartáveis.

A conclusão lógica de viver cada dia como se fosse o último -prosseguiu ela- é que não da para fazer planos para o futuro. Esse é o problema.

Porque só revelamos nossa verdadeira natureza para as pessoas que mais amamos,

Como se meu coração fosse frágil como vidro e alguém o jogasse no chão, quebrando-o em um milhão de pedaços para esfregar o sapato nos cacos.

Lembre-se existe uma diferença entre amor e paixão.

terça-feira, 29 de maio de 2018

A Luz que perdemos | Estante