Descobrindo novos territórios dentro de mim | Escritos

domingo, 12 de abril de 2020


É doido como as coisas acontecem numa velocidade estranha, maluca e completamente no tempo certo. Não sei o que universo, destino e a vida num geral tem para mim nos próximos anos, mas é muito bom estar acordada às quatro da manhã e escrevendo sem ser por ansiedade ou estar numa crise doida que não me deixa desligar o cérebro. Não que eu consiga fazer isso sabe, ainda estou aprendendo a lidar com minha criatividade e entender que a ansiedade não tem nada a ver com isso e que estou no controle do meu corpo e mente.

Ainda é um território novo, meio hostil e talvez um pouco vazio, mas desbravar novas áreas dentro de mim mesma tem sido uma tarefa legal, bacana e audaciosa da minha nova fase. Conhecer a si mesmo é complexo, difícil e curioso ao mesmo tempo. Acho que a terapia tem muita culpa nesse processo, a perca do medo, a reinvenção de si mesmo e encontro/descoberta de um novo eu. Comecei o ano passado numa cidade diferente com gente diferente que me ensinou bastante coisa, especialmente quem quero e não quero me tornar. Todos estamos fadados ao erro né, nascemos errantes e morreremos com uma única certeza, de que acertar é possível, mas sem os erros a mudança não é possível. Como aprender se você nunca errou ao tentar? Como começar se você não se sabe nem por onde e que não existe um só caminho certo? 

Perguntas que ainda não encontrei resposta. E, sinceramente, não espero achar, pois também há beleza no que não pode ser definido plenamente, o que seria da vida sem ressignificados que o João (@akapoeta) escreve? É tão bom poder enxergar poesia no que outro vê, sente e escreve torna essa nossa passagem por aqui menos sombria. Sim, estamos todos só de passagem, você ai, eu aqui enquanto escrevo e metade do brasil ficando em casa nessa quarentena enquanto a outra metade não tão privilégiada trabalha e se expõe. Está tudo interligado e talvez nem tenha um real sentido para muita gente que se deparar com esse texto escrito por aí, mas algum lugar num domingo a noite sentado, lendo e escrevendo espero que a lei do acaso possa te abraçar.  

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