Fechei a porta e guardei as chaves.
A tarde estava ensolarada como de costume na cidade. Coloquei os óculos e andei até o metrô. A caminho de lá pensava em como seria minha trajetória até o evento. Até então tudo bem, mas ai realmente caiu a ficha de que ia sozinha, sem amigos, conhecidos ou qualquer pessoa que fosse conversando comigo até lá.
É estranho e ao mesmo tempo novo gostar tanto da minha própria companhia. Andar pelas ruas da cidade em que sempre andei acompanhada, mas dessa vez com um olhar novo e diferente. Estar sozinha pode ser uma das piores sensações do mundo, como foi pra mim por muitos anos quando era mais nova e achava que precisava sempre ter alguém por perto. Estava tão errada, mas minha imaturidade não me permitia enxergar além daquilo.
Andar pelas ruas, sentir o vento balançar meus cabelos e atravessar o sinal. Coisas tão simples, porém que me deram um sentimento de liberdade, paz e tranquilidade. É bom estar sozinha, mas é melhor ainda saber que não existe companhia no mundo que eu ame mais do que a minha.
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