Ei lindos, sentiram faltas das entrevistas? Então essa autora é nova parceira do blog, me enviou seu livro para ser resenhado e em breve vou falar dele pra vocês, espero que gostem de conhecer um pouco a Ana, vou deixar o site dela no final do post para caso queiram saber mais dela.
PROJETO LEIA UM NACIONAL – ENTREVISTANDO ESCRITORES NACIONAIS.
1º Por que decidiu se tornar escritor?
Bom, eu acho que a gente não decide se tornar escritor. É algo que vem naturalmente para quem gosta de ficar criando histórias mirabolantes e falando de vidas em papel. Penso também que todo mundo escreve em algum momento da vida, o que diferencia é quando você decide ter um pouco mais de disciplina para manter investir nessas histórias mirabolantes.
2º Qual sua maior inspiração para escrever?
Eu diria que a minha maior inspiração é a fantasia em si. Nas coisas que não conseguimos explicar no mundo, incluindo o comportamento humano e as suas complexidades.
3º Já teve uma fase de bloqueio criativo? Se sim como foi que consegui sair dela?
Bloqueio criativo é algo positivo, esperado e normal. Faz parte do processo criacional termos alguns momentos em que não sai nada, então sim, já tive e vários, rss. Mas eu interpreto esse bloqueio como um momento ideal para olhar o que já produzi, o que escrevi, como escrevi e até revisitar algumas linhas de raciocínio anteriores. Desta forma acabo encontrando um novo caminho para seguir, uma nova perspectiva e até mesmo uma mudança drástica no caminho que eu tava seguinto.
4º Você acredita que as pessoas estão se tornando leitores mais cedo hoje devido ao mercado literário estar bem variado?
Não diria que mais cedo e sim mais vorazes. Com uma maior variedade de tipos, estilos, gêneros e afins fica mais fácil se apaixonar por leitura, porque se torna mais fácil encontrar o seu lugar dentro dela. Particularmente eu fico muito contente com isso, pois leitura é cultura. O problema é ficar apenas num tipo, num estilo e num gênero, é preciso ir além da porta de entrada e esse é o desafio.
5º Qual seu escritor favorito e por quê?
Particularmente eu não tenho um escritor favorito. Tenho escritores diversos, que escrevem sobre diversos temas e que me atraem por motivos diferentes. Por exemplo, adoro o jeito que a Meg Cabot encadeia os acontecimentos das suas narrativas; o bom humor da Diana Peterfreund na hora de colocar seus personagens em situações embaraçosas; a criatividade da Marissa Meyer, em misturar diversas referências; a forma carnal e dolorida que a Suzanne Collins entra na mente da sua protagonista...enfim...
6º Gosta de produzir ouvindo música? Se sim quais?
Sim, adoro, na verdade tenho uma trilha sonora para cada história que estou escrevendo. Acho a música uma das melhores inspirações para dar ritmo à escrita, dá ideia de situações e até de diálogos. As músicas que eu vou ouvir dependem muito da história que eu estou escrevendo. Por exemplo, A Irmandade das Olívias tem referências diretas à músicas do Weezer, Semisonic, Taylor Swift, Renee Olstead, Zedd e por aí vai.
7º Hoje em dia os jovens vem cada vez mais devorando livros e mais livros, No futuro acredita que boa parte da nossa sociedade vai adotar o hábito da leitura com mais facilidade?
Hum, essa é uma perguntinha complicada. Porque só o movimento de leitura é significativo demais! E sim, percebo que existe um aparente interesse maior na literatura pelos jovens, mas ainda acho que precisa-se acrescentar ao hábito da leitura, o da descoberta. O de ir além e conhecer novos autores, novas histórias e mergulhar em novos personagens; não se atendo apenas ao que "todo mundo tá lendo".
8º Qual sua relação com seus leitores?
Eu tendo ser o mais próxima deles o possível, principalmente porque acho que o autor dá o primeiro sentido à história, mas os leitores dão o verdadeiro sentido à ela. Eles que a reinterpretam, dão ótimas sugestões, levantam maravilhosas questões e querem se sentir parte integrante do mundo que a gente cria.
9º Sei como é maravilhoso para um escritor ter seu trabalho reconhecido, Como foi saber que livro seria publicado?
É uma sensação misturada. Pelo menos para mim foi. De responsabilidade, porque aquelas palavras seriam lançadas no mundo e qualquer pessoa poderia ler; de realização, porque nenhuma história é pensada e construída de um dia para o outro. Normalmente são meses, de dedicação e labuta criativa; e finalmente de orgulho, por ter o reconhecimento da minha história como sendo merecedora de publicação.
10º Faça ma lista dos seus 5 livros nacionais preferidos.
Não necessariamente nessa ordem ;)
Diva - José de Alencar
Contos de Meigan - Roberta Spindler
Crescer é perigoso - Márcia Kupstas
Coração de Neve - Raphael Draccon
Dom Casmurro - Machado de Assis
Site do livro dela para mais informações, clique aqui.
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