#LeiaUmNacional: Vinícius Grossos.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016


Ei, pessoal. tudo bem? como vai o carnaval de vocês? A entrevista de hoje é de um rapaz que eu ouvi falar muito bem dos seus livros no skoob e eu espero que algum fã possa comentar que gosta do seu trabalho. Sem mais delongas, conheçam um pouco mais do Vinicius autor dos livros Garoto quase atropelado e Sereia negra.


1º Por que decidiu se tornar escritor?
De verdade, acredito que foi o contrário. A literatura me escolheu, e eu tive que escolher: me render e tentar seguir essa carreira, ou ser infeliz pelo resto da vida.


2º Qual sua maior inspiração para escrever?
Acho que o que mais me motiva é tocar a alma das pessoas; saber que as minhas personagens conseguiram, de um jeito muito natural, chegar aos corações dos leitores, e os emocionarem, e os tocarem de alguma forma. Isso é o que mais me inspira.
Mas de uma forma geral, a vida me inspira; coisas que escuto na rotina, músicas, filmes, livros, minhas próprias relações. Tudo se torna uma grande confusão organizada quando penso no que me inspira.

3º Já teve uma fase de bloqueio criativo? Se sim como foi que consegui sair dela?
Sim... Provocada, basicamente, por decepções com a carreira: editoras que distribuem ‘não’ sem nem ao menos dar uma chance. E eu não sei exatamente como foi sair dela. Mas acho que quando passei a escrever apenas por amor, as coisas fluíram de uma forma mais natural, e as personagens voltaram a se comunicar comigo.

4º Você acredita que as pessoas estão se tornando leitores mais cedo hoje devido ao mercado literário estar bem variado?
Com toda a certeza. Cada vez mais o nicho voltado para o público infantil vem ganhando espaço e isso acaba criando raízes nas crianças; raízes essas que dificilmente vão ser cortadas. Desde pequeno eu tinha contato com a leitura, e sei o quanto isso influenciou na pessoa que sou hoje.

5º Qual seu escritor favorito e por quê?
COMO ASSIM? Não consigo escolher um só... Ai... Bem, posso citar a J. K. Rowling, o John Green... De Nacionais, tem a Paula Pimenta, a Carina Rissi, o Augusto Alvarenga, a Mariana Cestari e a Adrielli Almeida... Mas, pensando de forma mais ampla, acho que posso falar do Markus Zusak. A forma como ele conta histórias, de um jeito leve e carismático, realmente me toca de uma forma muito ímpar.

6º Gosta de produzir ouvindo música? Se sim quais?
Depende da história. As músicas me ajudam a entrar na ambientação do livro e das personagens. Por exemplo, se eu escrevo sobre uma menina que ama POP e é fã de Katy Perry e Taylor Swift, não vou conseguir escrever ouvindo Lana Del Rey. Digamos que eu empresto bastante do meu gosto musical para as personagens, e elas fazem o mesmo comigo. Então depende de cada livro. Em O Garoto quase-atropelado, o rock e o indie predominaram. No livro novo, realmente foi o pop chiclete.

7º Hoje em dia os jovens vem cada vez mais devorando livros e mais livros, No futuro acredita que boa parte da nossa sociedade vai adotar o hábito da leitura com mais facilidade?
Sim, acredito sim. Essa geração que devora livros vai crescer, ficar mais velha, e consequentemente vai passar esse hábito para seus filhos, netos e etc. Acho que o hábito da leitura é sempre uma construção. Você precisa encontrar aquele livro que vai te tirar o ar, e assim procurar outras histórias. Mas para isso acontecer, você precisa se permitir. E digamos que a nova geração tem se permitido bastante no campo literário – o que é lindo.

8º Qual sua relação com seus leitores?A melhor possível. Eles me emocionam, me motivam, e me fazem seguir em frente. É por causa deles que eu estou aqui, certo? E eu gosto de pensar neles mais como amigos do que qualquer outra coisa.

9º Sei como é maravilhoso para um escritor ter seu trabalho reconhecido, Como foi saber que livro seria publicado?
É difícil explicar. Eu sinceramente não consigo colocar essa emoção em palavras. Mas vou te revelar algo: depois da ligação do meu editor, estava tocando na TV o vídeo da música ‘The Edge of Glory’, da Lady Gaga. E eu meio que dancei pela casa toda, num tipo de ritmo e movimentos meio epiléticos. Hahahaha Deve ter sido uma visão muito muito feia, mas bem, eu estava explodindo de êxtase e felicidade.

10º Faça uma lista dos seus 5 livros nacionais preferidos.

A máquina de contar histórias – Maurício Gomyde
As batidas perdidas do coração – Bianca Briones
Fake – Felipe Barenco
Perdida – Carina Rissi
Colega de quarto – Victor Bonini

Gostam da entrevista? Espero que sim, conheçam mais do trabalho do autor aqui (seu site). Já conheciam o trabalho dele ou ficaram interessados depois do post? Me contem nos comentários.

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