Ei, pessoal. tudo bem? como vai o carnaval de vocês? A entrevista de hoje é de um rapaz que eu ouvi falar muito bem dos seus livros no skoob e eu espero que algum fã possa comentar que gosta do seu trabalho. Sem mais delongas, conheçam um pouco mais do Vinicius autor dos livros Garoto quase atropelado e Sereia negra.
1º Por que decidiu se tornar escritor?
De verdade, acredito que foi o contrário. A literatura me escolheu, e eu tive que escolher: me render e tentar seguir essa carreira, ou ser infeliz pelo resto da vida.
Acho que o que mais me motiva é tocar a alma das pessoas; saber que as minhas personagens conseguiram, de um jeito muito natural, chegar aos corações dos leitores, e os emocionarem, e os tocarem de alguma forma. Isso é o que mais me inspira.
Mas de uma forma geral, a vida me inspira; coisas que escuto na rotina, músicas, filmes, livros, minhas próprias relações. Tudo se torna uma grande confusão organizada quando penso no que me inspira.
Sim... Provocada, basicamente, por decepções com a carreira: editoras que distribuem ‘não’ sem nem ao menos dar uma chance. E eu não sei exatamente como foi sair dela. Mas acho que quando passei a escrever apenas por amor, as coisas fluíram de uma forma mais natural, e as personagens voltaram a se comunicar comigo.
Com toda a certeza. Cada vez mais o nicho voltado para o público infantil vem ganhando espaço e isso acaba criando raízes nas crianças; raízes essas que dificilmente vão ser cortadas. Desde pequeno eu tinha contato com a leitura, e sei o quanto isso influenciou na pessoa que sou hoje.
COMO ASSIM? Não consigo escolher um só... Ai... Bem, posso citar a J. K. Rowling, o John Green... De Nacionais, tem a Paula Pimenta, a Carina Rissi, o Augusto Alvarenga, a Mariana Cestari e a Adrielli Almeida... Mas, pensando de forma mais ampla, acho que posso falar do Markus Zusak. A forma como ele conta histórias, de um jeito leve e carismático, realmente me toca de uma forma muito ímpar.
Depende da história. As músicas me ajudam a entrar na ambientação do livro e das personagens. Por exemplo, se eu escrevo sobre uma menina que ama POP e é fã de Katy Perry e Taylor Swift, não vou conseguir escrever ouvindo Lana Del Rey. Digamos que eu empresto bastante do meu gosto musical para as personagens, e elas fazem o mesmo comigo. Então depende de cada livro. Em O Garoto quase-atropelado, o rock e o indie predominaram. No livro novo, realmente foi o pop chiclete.
Sim, acredito sim. Essa geração que devora livros vai crescer, ficar mais velha, e consequentemente vai passar esse hábito para seus filhos, netos e etc. Acho que o hábito da leitura é sempre uma construção. Você precisa encontrar aquele livro que vai te tirar o ar, e assim procurar outras histórias. Mas para isso acontecer, você precisa se permitir. E digamos que a nova geração tem se permitido bastante no campo literário – o que é lindo.
9º Sei como é maravilhoso para um escritor ter seu trabalho reconhecido, Como foi saber que livro seria publicado?
É difícil explicar. Eu sinceramente não consigo colocar essa emoção em palavras. Mas vou te revelar algo: depois da ligação do meu editor, estava tocando na TV o vídeo da música ‘The Edge of Glory’, da Lady Gaga. E eu meio que dancei pela casa toda, num tipo de ritmo e movimentos meio epiléticos. Hahahaha Deve ter sido uma visão muito muito feia, mas bem, eu estava explodindo de êxtase e felicidade.
A máquina de contar histórias – Maurício Gomyde
As batidas perdidas do coração – Bianca Briones
Fake – Felipe Barenco
Perdida – Carina Rissi
Colega de quarto – Victor Bonini
Gostam da entrevista? Espero que sim, conheçam mais do trabalho do autor aqui (seu site). Já conheciam o trabalho dele ou ficaram interessados depois do post? Me contem nos comentários.
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