Escritos: Eu não queria dizer, mas sinto saudade.

domingo, 9 de agosto de 2015


Já é fim de domingo e para variar, eu me pego sentido a sua falta. Escuto Skank de novo e essa canção me lembra você e tudo aquilo que nós não fomos.
"Sem dor ou crime, amor simples e direto".
A música ecoa pelo quarto e disputa espaço com a saudade, ambas não querem que eu chore, mas lágrimas se esvaem automaticamente. Peço baixinho para apagar você do meu coração, porém o pedido é feito em vão.
"Diga o que fazer então, são memórias tão reais do que nunca aconteceu".  
Olho pra estante e percebo que finalmente coloquei aquela sua prateleira em ordem, mas ela apesar de aparentar organizada, nunca me pareceu tão bagunçada e vazia. Passo a vista pelos livros e acho aquele com oque o personagem principal me lembra você e sinto um pontada no peito de saudade bem forte.
" E uma verdade impossível, só pra ter você por perto". 
Lembro do livro que você me disse não era seu estilo e conversamos sobre ele logo quando nos conhecemos, paro a vista naquele que um dos personagens tem seu nome, só li meses depois do término, ainda bem.

Fico parada tentando imaginar como teria sido se tivesse dado certo, logo desisto, afinal eu sempre estive inteira naquela relação e tu sempre fosse metade. Canso de imaginar o que nunca aconteceu e resolvo mudar a música, toca Se do Djavan, lembro instantaneamente de você e sua indecisão nesse refrão: "Eu levo a sério, mas você disfarça."

Comments

  1. Nossa, que texto surpreendente. Já pensou em escrever um livro? A bruna vieira se tornou escritora escrevendo textos como o seu. É fantástico, chega me bateu uma saudade!

    Beijinhos,
    http://vishcaseieagora.blogspot.com.br/

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