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segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

A impossível faca da memória | Estante

Nome: A  impossível faca da memória.
Autora: Laurie Halse Anderson.
Editora: Valentina.
Páginas: 352 páginas.
Classificação:  

Sinopse: Hayley Kincain passou anos viajando de caminha na companhia de seu pai fugindo das lembranças que os assombravam. De volta a cidade natal de Andy, ela está indo para escola outra vez e na tentativa de ter uma vida normal. Convivendo em meio a depressão de seu pai os dias parecem ser só nebulosos e o cenário psicológico dele parece complicar todos os dias. Enfrentando seus demônio anteriores e convivendo com luto da perda de sua mãe, Hayley se enxerga perdida tentando fugir de suas memórias.

Após a morte de sua mãe, seu pai esteve em um cenário de estresse pós traumático por ser um veterano de guerra, sem tratamento e em negação sobre o seu estado emocional os papéis de pai e filha se invertem e a garota se vê perdida ao tentar ajudá-lo. Após retornar a sua cidade natal, reencontrar sua amiga de infância e apesar de não ter muitas lembranças recorrentes da garota sua amizade parece ocupar um espaço que está faltando na vida de Hayley, junto com ela o jovem Finn se aproxima da garota sendo levemente encantador e divertido deixando aquele cenário sombrio de sua casa e suas manhãs à caminho da escola mais leves e engraçadas.

A Hayley nunca estudou numa escola e quem sempre lhe deu aulas foi seu pai o que foi um impasse na sua adaptação escolar e que é narrada ao longo da história. Como a garota sempre passou sua vida viajando com seu pai que era caminhoneiro fazer planos para o futuro parece deixar tudo confuso, pois o amanhã a assusta mais do que qualquer outra coisa e sua orientadora tentando entender o que se passa com ela parece deixar tudo mais complicado ainda.

Minhas impressões:
Fazia tempo que não lia uma história tão diverta e encantadoramente dolorosa. A narrativa de Halse é repleta de dor e dá uma nova roupagem a tristeza existente em toda a história de Hayley que possui um humor ácido e um tanto quanto peculiar.  É uma personagem feminina extremamente forte, divertida e as cenas do livro são bem equilibradas. O enredo é bem atrativo e discuti muito sobre afeto, família e responsabilidade emocional. Tem um romance, mas ele é bem leve e é posto segundo plano, mas tem um destaque interessante o Finn é um personagem muito divertido e em todas as cenas que ele faz parte junto com a Hayley a química entre os dois personagens é inegável e naturalmente construída.

É importante ressaltar que esse livro pode conter gatilhos para depressão, transtorno de bipolaridade e estresse pós traumático. O pai da personagem é veterano de guerra existem várias cenas que podem vir a ser gatilhos ou facilmente impactadas por leitores mais sensíveis por conterem abusos de álcool e drogas. A forma como a história é narrada  pode não ser confortável para algumas pessoas porque a forma como a autora narra é bem específica e particular da sua escrita, os personagens são estruturados de acordo com essa narrativa o que não nos faz criar um laço com eles além do superficial e muito parecido com Fale! que é outro livro da autora em alguns sentidos de criação e estruturação.

No mais é uma boa história, bem construída e que contém clichês de outros livros jovem adulto, mas que não se perde ou se resume apenas neles o que é o diferencial da história e provavelmente o que me fez gostar tanto dela. 


Citações favoritas:

Família NÃO significa apenas uma unidade biológica composta por pessoas que compartilham marcadores genéticos ou vínculos legais, encabeçada por um casal heterossexual. Família é muito mais do que isso. Porque não estamos mais vivendo em 1915, entende?

A diferença entre esquecer uma coisa e não se lembrar dela é tão grande que dá para um caminhão passar entre as duas.

A alma dele ainda está sangrando. Isso é muito mais difícil de curar do que uma perna ferida ou uma concussão cerebral.

Meus pés pareciam enraizados na terra. Havia mais do que dois corpos enterrados ali. Havia pedaços de mim que eu nem sabia que estavam sob o chão.

Diga-lhe que é igualzinha à mãe. E que é forte o bastante para enfrentar o mundo.

Lá na borda, a rotação da Terra tinha diminuído para nos dar o tempo de que precisávamos para reencontrar um ao outro.

Não se pode fugir da dor, garota. Lute com ela e fique mais forte.

Eu fechara a porta para as lembranças porque doíam.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

A impossível faca da memória | Estante

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Melhores álbuns/EPs de 2019 | Playlist

Dois mil e dezenove foi um ano muito bom para a música nacional brasileira, já que o cenário tem crescido e consolidado vários nomes novos e resgatado outros que estavam meio fora de foco. Com o surgimento de cantores e bandas novas ampliando o celeiro musical o consumo de música via streaming também cresceu, pois apesar de youtube ser um grande parceiro na democratização do acesso a educação e cultura, ainda é importante para o mercado musical os números online adquiridos através de aplicativos geram dados relevantes a indústria.      

Imagem: Divulgação/Reprodução

Uma das bandas que teve destaque no passado foi, a Lagum, o grupo mineiro lançou sue primeiro álbum intitulado Coisa da geração, um manifesto público sobre os demais problemas da geração como ansiedade, efemeridade e dizer adeus. Com letras inteligentes e um bom humor, eles rodam o Brasil e até fizeram show em Portugal com o sucesso do álbum.


Imagem: Reprodução/Divulgação

A carreira da Manu Gavassi começou quando ela era bem jovem, desde então a cantora tem escrito músicas e emplacado até alguns sucessos, mas de longe ela vive sua melhor fase com seus dois últimos EP's com letras sinceras, arranjos e melodias mais maduros o último lançado CUT BUT (STILL) PSYCHO, trouxe uma Manu que os fãs estavam acostumados no começo da carreira, a sinceridade transpira de suas letras enquanto ela canta sobre os seus sentimento, nova fase a amadurecimento.


Imagem: Divulgação/Reprodução

Uma releitura de canções famosas do Nando Reis, sob novos arranjos e comentários feitos pela dupla num EP. N foi a primeira música que iniciou essa parceria durante a turnê dos namorados feita por Anavitoria junto com Nando. O disco é composto por 11 faixas contando com os comentários feitos na construção do mesmo. Logo, quando foi lançado se tornou um sucesso digital, já que os fãs das cantoras adoraram as novas versões.

Imagem: Divulgação/Reprodução

Com letras repletas de simbolismo e espiritualidade, Rito de passá de MC Tha, veio para quebrar as barreiras entre o sagrado, poético e a ancestralidade.  A mistura da música de terreiro com funk e um pouco de tecnobrega chegou para mostrar ao pop que ele pode se jogar em outro ritmos, ela já passeou por outros ritmos antes desse álbum que a consagrou como artista na cena musical que compões a geração da nova MPB. 

Imagem: Divulgação/Reprodução

O terceiro álbum da banda Zimbra, Verniz, bateu record de streaming logo na primeira semana de lançado. O disco é um trabalho que marca a nova fase da banda com letras que resgatam a essência de O tudo, o nada e o mundo primeiro álbum dos jovens santista e cria uma nova trajetória musical para banda com letras mais maduras e arranjos musicais singulares, pois apesar de beber a fonte do rock nacional a banda não é mercadológica e possui uma singularidade sem igual nas suas canções. 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Melhores álbuns/EPs de 2019 | Playlist

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Seria Bacurau um novo filme de Tarantino? | Manteiga de cinema

Imagem: Divulgação/Reprodução

Não, não vou ficar comparando um ao outro, mas essa foi uma pergunta levantada pelo meu amigo quando o filme terminou. Quem já viu os filmes do Quentin Tarantino sabe a referência de sempre conter muitas cenas de violência, mas essa marca seria só dele? Ficar comparando os diretores ou dizer que Kleber e Juliano seguiram a linha dele, tira totalmente a originalidade dos diretores brasileiros. A construção das narrativas e os temas abordados são totalmente diferentes. A abertura de Bacurau com vários caixões jogados na pista e um corpo exposto no acostamento deixa em evidência que o filme se trata de uma temática violenta, além do mais, possui um indicação para maiores de 16 anos. O filme se passa em um futuro não tão distante em uma cidade do interior de Pernambuco. Logo após a morte de uma figura bem conhecida do local, a população começou a reparar que coisas estranhas aconteceram, como o sumiço da cidade do mapa e a visita de pessoas desconhecidas.


Imagem: Divulgação/Reprodução

Mostrar cidades de interior nordestino na maior parte das vezes parece seguir um padrão: simples com pessoas desinformadas e "bobas". Kleber e Juliano seguem a linha do simples, mas quebram totalmente o estereótipo de inocência das pessoas. Quase toda a população de Bacurau possui celular e usufruem muito das tecnologias, o ensino na escola é bem avançado e tem muito incentivo do povoado. Outra cena que mostra em evidência é quando o prefeito chega na cidade e todos se escondem em forma de protesto pela sua péssima gestão.

 Uma marca também presente no filme é sua fotografia, no começo pode causar uma certa estranheza, mas depois o telespectador que já assistiu filmes antigos de faroeste entende a referência como as cenas são compostas.  Bacurau não trás somente uma história marcante, mas também uma reflexão pesada sobre o presente do nosso país, mesmo que os diretores alegam que não tiveram essa intenção, quem tem um mínimo de consciência não consegue sair do cinema sem ficar refletindo sobre todas as discussões que o filme aborda. 


Imagem: Divulgação/Reprodução

 A história é forte e envolvente, não trás um personagem principal, mas faz com que o telespectador se apaixone por todos os habitantes da cidade, fique vidrado com todos os acontecimentos que surgem, prende a respiração a cada momento de tensão e faz o coração vibrar com todas as conquistas. Bacurau não é somente um filme de violência, além do mais esse é o único ponto que o filme se cruza com os de Tarantino. Bacurau é marcante, um tapa na cara de quem diz que o brasileiro não sabe fazer filme e enaltece o Nordeste que por muitas vezes é colocado como figurante em nosso país. É uma obra original, impactante e um marco histórico para o cinema no Brasil.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Seria Bacurau um novo filme de Tarantino? | Manteiga de cinema

domingo, 22 de dezembro de 2019

O tempo para uma ansiosa | Escritos

Imagem: Pinterest
Este texto pode conter gatilhos para ansiosos.*

Leia ouvindo: Mistério - Anavitória

É estranho para mim uma pessoa ansiosa acreditar ou esperar que o tempo resolva tudo. 

Quando minha mãe me dizia que crescer levava tempo e que deveria aproveitar o meu sendo criança, não entendia muito bem o que ela queria dizer. Tem uma música do EP, Anavitória canta para pessoas pequenas, grandes e não pessoas também que particularmente é minha favorita, mistério, é nome da canção e numa das estrofes diz "Quem é que fez o tempo ter lugar lá dentro do relógio? Dá pra poder calcular talvez, o quanto deve demorar" olhando para o passado, pensando em todas as vezes que vovó me disse que devia confiar no tempo que ele era o melhor remédio para tudo. E, assim mesmo sem saber que era exatamente aquilo que precisa ouvir, percebi que minha relação com o tempo e a sensação que ele escapa entre meus dedos vem da minha falta de paciência em respeitar o meu próprio tempo.

Atropelar minhas ações é claramente minha sina nesta vida. Tanto pela falta de paciência comigo mesma como pela minha constante necessidade de estar em movimento. Uma vez uma pessoa me disse que eu era como água, mutável e que escorria pelos dedos. Na hora eu sorri e achei uma comparação engraçada, mas depois de uma sessão de terapia no começo do meu tratamento com ansiedade minha psicóloga disse que teve a mesma sensação assim que conversamos nas primeiras sessões. 

É uma concepção diferente do que estava acostuma ouvir de mim mesma, mas que foi de suma importância naquele momento. Em 2018 entrei numa espiral maluca de descobrir quem eu era achando que sabia, uma parte de mim tinha ficado no meio do caminho, outra tinha se confundido pela ansiedade e as certezas sobre mim viraram uma bola de neve de dúvidas. Provavelmente a fase mais difícil que já vivi nessas transições pessoais.

Reconhecer que não conseguia mais sozinha lidar com aquelas sensações veio depois de uma das minhas crises mais intensas. Foi um mês difícil, não conseguia mais resolver as coisas mais básicas e o que sentia era uma bomba relógio no meu peito prestes a explodir no meu peito. Quando ela explodiu me partiu ao meio e parte de mim acredita que talvez nunca mais eu seja a mesma. E ainda bem por isso, aprendi tanta coisa sobre mim com isso e conheci a minha versão mais forte de mim mesma.  E a que não é tão forte assim, mas que aprender que está tudo bem em sentar e chorar quando tudo parece um bagunça já que as soluções não caem do céu. 

Esse ano foi uma ladeira de autoconhecimento, dolorosa, árdua e muito gostosa também. Várias coisas perderam o sentido no meio do caminho, mas outras tomaram um rumo inesperado, encerraram um ciclo e principalmente me mostraram a pessoa que quero ser ou que estava prestes a me tornar quando ninguém estava olhando.  

domingo, 22 de dezembro de 2019

O tempo para uma ansiosa | Escritos

domingo, 18 de agosto de 2019

O mais difícil de seguir, é seguir | Escritos

Imagem: Pinterest


Encontrar um outro caminho foi fácil já que larguei um estado e vim morar em outro, mas ninguém me disse como seria doloroso redesenhar uma rotina não tivesse mais nós dois. E que nos domingos não íamos compartilhas nossas desavenças quando tivéssemos uma semana complicada sem poder nos ver, só sentar e conversar ou quem sabe apreciar a vista da praia do calçadão com os dedinhos entrelaçados e sorrisos leves de fim de tarde.   

Os domingos por aqui são frios e enrolados num edredom compartilhando minha rinite com meu livro inacabado no docs. Essa cidade não é quente como a nossa, o inverno aqui é sombrio, mas também pode ser acolhedor se estiver cercada das pessoas certas. Mas como seguir quando a gente nem tomou um rumo de fato? Eu tenho tantas dúvidas que achava que tinham se tornado certezas antes vir pra cá. Todo dia aprendo uma lição nova sobre mim mesma que achei já ter aprendido. Sempre ocupo a mente com coisas novas, escrevo, danço, brinco, beijo, abraço e às vezes a bad bate e olha é complicado confortá-la sabe? Não tanto quanto a saudade, pois quando releio em silêncios textos que escrevi nas notas do celular e que nunca vou te mostrar afinal não costumo compartilhar minha escrita com quem compartilho afetos é pedaço de mim profundo demais para se mostrar assim fácil. 

Nem sempre ela é leve ou explicativa, porém é sempre cheia de significado e nem todo mundo sabe compreender as entrelinhas, pois a maioria das pessoas está mais preocupada em descobrir para quem escrevi essas linhas. O que é engraçado nunca nego para quem escrevo, mas também nunca revelo sobre quem exatamente estou falando. A beleza de compartilhar certos versos que literalmente saem de dentro de mim é não encontrar um destinatário. Nem tudo precisa de um remetente com destino fixo, as vezes é só mais um texto e só mais sentimento que vai perdendo o sentido ao longo do tempo. 

A escrita sempre ocupa os espaços vazios da nossa rotina assim como os amigos conquistam espaços no meu dia a dia e vou deixando tudo fluir encontrando um novo lar para mim.

O mais difícil de seguir, não é seguir, mas te observar daqui.

domingo, 18 de agosto de 2019

O mais difícil de seguir, é seguir | Escritos

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Aladdin | Manteiga de cinema


Com estréia superestimada Aladdin supera a bilheteria da animação em pouco mais de duas semanas nos Estados Unidos e em contagem mundial. Um dos filmes mais esperados para esse ano e um dos mais criticados antes mesmo de ir ao cinema só pelo elenco e revelação de teaser. 

Aladdin é uma das adaptações mais antigas da disney e causou um certo desconforto ao público quando foi lançado recentemente. As críticas tecidas a live action giraram em torno especialmente da ausência de uma Jasmine que fosse descendente árabe de fato, já que a atriz é britânica. Numa época onde a representatividade é pautada em diversos espaços faz-se de suma importância que surjam essas discussões, pois apesar de em recursos técnicos, roteiro e musicalidade excelente a representatividade cultural foi deixada em segundo plano nesse momento. E, ainda é preciso culturalmente falando produzir representações e espaços de pertencimento respeitosos ao povo Árabe. Nesse sentido, é possível observar várias alterações feitas no filme para retirar essa visão etnocêntrica reproduzida no desenho.


Apesar das críticas a personagem, a Naomi Scott que interpreta a princesa, é uma atriz, cantora e dançarina extremamente brilhante que já mostrou a beleza de sua voz em outro filme da disney o Lemonade Mouth. Ela resgatou a essência da personagem na animação em sua bela interpretação, mas também criou uma nova narrativa de força levando em consideração ao contexto político atual, onde a personagem anseia pelo poder e ocupar o lugar de seu pai como sultana e enfim deixar de ser silenciada. Todas as alterações feitas fazem em Aladdin constroem não só uma live action, mas uma releitura da história de um ângulo mais justo especialmente para Jasmine que deixa de se preocupar apenas com o homem e mostra a crescente necessidade de personagens femininas fortes e que passem no teste de bechdel.
O Mena Massoud que interpreta o Aladdin consegue ter todo o charme e irreverência dos desenhos em sua atuação. E a nova versão é ainda mais musical do que a original e com interpretações musicais belíssimas, mas não gostei muito de suas versões em português. Não consegui conectar as canções como nas da animação, não senti um certo pertencimento nelas em seus momentos no filme dublado. Já em inglês a Naomi brilhantemente interpreta Speechless em português Ninguém me cala interpretada pela Isabela Souza não ficou tão boa assim, mas acredito que seja pela tradução em inglês muita coisa quando é traduzida parece perder o sentindo no português pela diferença na construção das frases e na musicalidade. Já Um mundo ideal interpretada pela banda Melim ficou linda demais e ainda mais graciosa em português na voz do trio. 

Wil Smith foi perfeito em sua interpretação como gênio, é impressionante a capacidade interpretativa dele de se adaptar a qualquer papel e fazer com ele fique em destaque ainda que em segundo plano na história. Toda as críticas antes do filme ao seu papel tiveram uma repaginada, pois a essência do desenho está intacta na interpretação do autor e arrisco dizer que redesenhada assim como boa parte da narrativa do filme. E também a Dália (Nasim Pedrad) que surgiu como um alivio cômico e que teve mais destaque na trama e a amarração feita no inicio do filme em sua história que é enlaçada pelo final da trama.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Aladdin | Manteiga de cinema

terça-feira, 30 de abril de 2019

A responsabilidade de cuidar só de mim | Escritos


Cada vez que vou e volto ao Recife sinto que uma parte de mim fica. Dessa vez, é como se alguém tivesse arrancando minhas raízes e já não faço mais parte da cidade que tanto amo. Cresci aqui, chorei nos ônibus dessa cidade (no metrô também), vive amores e alguns desamores também (talvez mais desamores). A cada pôr do sol me sentia mais em casa, mas dessa vez quando sol se pôs senti que já não faço mais parte daqui.

É doloroso ir embora, e a cada despedida uma parte de mim se esvai mais. Não quis festa, nem quis que me trouxessem na rodoviária da primeira vez, ninguém além do meu melhor amigo de infância. Isso causou uma estranheza geral, mas sou uma manteiga derretida o primeiro amigo chorando ia dizer: eu fico. Conheço meus limites e não vão muito além do que gostaria.

Sair da casa dos meus pais vem sendo a experiência mais louca da minha vida. Todo dia é uma surpresa nova, na maioria das vezes não é algo muito positivo. Mas foi bom e importante dar de cara na porta em alguns momentos. Sempre me julgaram muito madura pra minha idade, porém minha psicóloga me disse uma vez que não tinha aprendido a viver conforme a minha idade pelas responsabilidades que me foram concedidas enquanto nova. Essa coisa de "ah, mas a mulher amadurece mais rápido que o homem" tudo uma baboseira, mulheres são sexualizadas mais cedo e é essa a desculpa que um bando de homens usam para dizer "fecha as pernas" "ai mas você é tão novinha para ter esse corpo de mulher" "ah mas ela tinha cabeça de mulher".

Crescer para fora de um estereótipo machista cujo só estava destinada a "dar trabalho ao meu pai" me frustrou em diversas partes da minha vida, que só enxerguei agora caminhando para a vida adulta. Agradeço muito pela oportunidade e reconheço todos os meus privilégios em poder largar uma bolsa numa faculdade particular e ir cursar uma pública com pais que abraçaram o meu sonho como se fosse deles e trabalham muito para que possa se tornar real.

Só que ainda é tão complicado entender que agora sou apenas responsável por mim mesma e nada mais. 

terça-feira, 30 de abril de 2019

A responsabilidade de cuidar só de mim | Escritos

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Verniz terceiro álbum da banda Zimbra tem um milhão de plays | Playlist

Na última sexta, 05, a banda Zimbra @bandazimbra, lançou seu terceiro álbum intitulado Verniz. Eles fizeram uma brincadeira para interagir com os fãs nas redes sociais antes do lançamento para descobrir o nome do disco com premiação ao vencedor. Nomes como Dinho Ouro Preto e Esteban Tavares fizeram participações nas faixas Céu de Azar e Quem Diria. O grupo é de Santos - SP, terra do cantor Alexandre Magno que foi vocalista do Charlie Brown Júnior, que tem influência na identidade musical da banda.  Apesar de ter diversas influências de outras bandas de rock nacional, o som dos caras de Santos é muito original. Letras melancólicas, mas também realistas e extremamente sensíveis. 

Bola (@bolazimbra), o vocalista e um dos responsáveis pelas letras sempre compõe sobre situações o cotidiano, dando um tom muito pessoal a suas letras, por mais que as histórias não sejam suas, a maneira como ele as dá voz tem uma sintonia muito particular com suas melodias, é incrível e pouco encontrada no cenário de música brasileiro atual, que está mais preocupado em produzir ritmos genéricos feitos apenas para vender e fazer sucesso.
O álbum atingiu um milhão de plays no dia que foi lançado e teve um recepção muito mais positiva ao contrário do azul disco que o antecedeu. Seu show de lançamento ocorreu em São Paulo no sábado passado dia 13, no Teatro Marz e contou com a casa cheia. Além disso, a banda também entrou em turnê e contando com sua mais longa viagem com shows pela estrada até agora.






A identidade musical do Zimbra só cresceu ainda mais nessas faixas novas, os trompetes muito particulares nas melodias que se encaixam em momentos muito específicos das canções vem desde O tudo, o nada e o mundo primeiro disco da banda. Com dez faixas,Verniz se destaca na cena brasileira de música e consagra um novo rumo na carreira de banda independente.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Verniz terceiro álbum da banda Zimbra tem um milhão de plays | Playlist

terça-feira, 2 de abril de 2019

Crítica sobre o filme “Us” (Nós)



Estamos em 2019 e ainda há falhas em representação nos filmes, tanto no elenco quanto na equipe. Jordan Peele aparece entre alguns diretores para quebrar o paradigma de filmes com personagens brancos como protagonistas.

 Diretor de “Get out” e agora de “Us”, Peel apresenta um thriller psicológico contando a história de Adelaide (Lupita Nyong’o) que passou por uma experiência traumática na infância. Nos dias atuais, ela e a família estão viajando e se encontram com os amigos no local em que sofreu o trauma. A atmosfera não é confortável e estranhos acontecimentos ocorrem quando uma família quase idêntica a eles (com suas peculiaridades) aparecem na frente da casa em que eles estão.

Com um forte elenco escolhido, as atuações estão impecáveis. A trilha sonora cria um ambiente perturbador e sombrio que prende a atenção. Ao longo do filme aparecem alívios cômicos para equilibrar o clima. São plantadas diversas metáforas e detalhes que são importantes para a história ser construída.

*Essa parte contém pontos importantes da trama, mas sem grandes spoilers.*

Entre várias teorias criadas para o filme, a desigualdade e exclusão social são apresentadas. Em uma das cenas, é perguntado para os doppelgängers quem eles são.

 A pessoa principal do grupo responde que são americanos. É possível conectar essa frase em questão politica quando os clones fazem uma corrente humana no país nos remetendo ao muro com o intuito de separar os Estados Unidos dos outros países; além de pensar que o nome do filme é “us”, sigla de United States. É mostrado “Jeremias 11:11” escrito em um cartaz que significa: “Eis que trarei mal sobre eles, de que não poderão escapar; e clamarão a mim, mas eu não os ouvirei.” A realidade dos doppelgängers é viver no subterrâneo com condições escassas. Eles são oprimidos, excluídos e negligenciados. Enquanto as pessoas que vivem na superfície têm oportunidades e condições de vida.

O filme está em cartaz nas salas de cinema. Se você está curioso para assistir ou já viu, comenta aqui suas expectativas ou sua opinião sobre o filme.

terça-feira, 2 de abril de 2019

Crítica sobre o filme “Us” (Nós)