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domingo, 10 de maio de 2020

10 de maio de 2020 | Escritos


imagem: capa do jornal O Globo

Eu não aguento mais assistir a morte online.

Viver na geração Z me corta ao meio todo dia.

Uma crise sanitária que atravessa o Brasil ou uma pandemia que assiste a crescer virtualmente quebra cada pedacinho de mim. Raiva, indignação, um poder sem poder e decisões sendo tomadas às coxas. Hoje, é domingo, dia das mães, fui obrigada a tomar decisões que não queriam… como ficar longe dos meus pais pelo meu próprio bem-estar ou capitalização ou capitalização ou dois a não ter o privilégio de #ficaremcasa. Como estatísticas estão começando a virar um cantor, escritor, um vizinho ou um pedido de um amigo.

Nesse dia 10 de maio em específico, um escritor que, apesar de não estar tão imerso na sua obra, conheça sua produção Sérgio Sant'Anna venceu o prêmio Jabuti quatro vezes. Um dos melhores jogadores brasileiros teve uma parada cardíaca hoje e morreu devido ao Covid-19. Mas tem o João também, a Ana que ninguém conhece. Um grande amigo, ou pai de uma amiga que nem teve tempo de cuidar, pois morreu antes do diagnóstico. 

Gente vendo gente morrer, mas ainda assim como assistir a gente batendo continuamente para o presidente, onde vamos parar com tanta gente assistindo morte e sem saber se quando vai pro trabalho está flertando com sorte - ou seriamente com morte?

Ainda bem que existe uma literatura e uma música para segurar essa gente nessa vida indo para outros planos, mas que adianta assistir malhação 2014 não é como o pão e o circo e não é outro tipo de dia para o globo são mais de 10 milhões de mortes confirmadas por Covid -19?

domingo, 10 de maio de 2020

10 de maio de 2020 | Escritos

domingo, 12 de abril de 2020

Descobrindo novos territórios dentro de mim | Escritos


É doido como as coisas acontecem numa velocidade estranha, maluca e completamente no tempo certo. Não sei o que universo, destino e a vida num geral tem para mim nos próximos anos, mas é muito bom estar acordada às quatro da manhã e escrevendo sem ser por ansiedade ou estar numa crise doida que não me deixa desligar o cérebro. Não que eu consiga fazer isso sabe, ainda estou aprendendo a lidar com minha criatividade e entender que a ansiedade não tem nada a ver com isso e que estou no controle do meu corpo e mente.

Ainda é um território novo, meio hostil e talvez um pouco vazio, mas desbravar novas áreas dentro de mim mesma tem sido uma tarefa legal, bacana e audaciosa da minha nova fase. Conhecer a si mesmo é complexo, difícil e curioso ao mesmo tempo. Acho que a terapia tem muita culpa nesse processo, a perca do medo, a reinvenção de si mesmo e encontro/descoberta de um novo eu. Comecei o ano passado numa cidade diferente com gente diferente que me ensinou bastante coisa, especialmente quem quero e não quero me tornar. Todos estamos fadados ao erro né, nascemos errantes e morreremos com uma única certeza, de que acertar é possível, mas sem os erros a mudança não é possível. Como aprender se você nunca errou ao tentar? Como começar se você não se sabe nem por onde e que não existe um só caminho certo? 

Perguntas que ainda não encontrei resposta. E, sinceramente, não espero achar, pois também há beleza no que não pode ser definido plenamente, o que seria da vida sem ressignificados que o João (@akapoeta) escreve? É tão bom poder enxergar poesia no que outro vê, sente e escreve torna essa nossa passagem por aqui menos sombria. Sim, estamos todos só de passagem, você ai, eu aqui enquanto escrevo e metade do brasil ficando em casa nessa quarentena enquanto a outra metade não tão privilégiada trabalha e se expõe. Está tudo interligado e talvez nem tenha um real sentido para muita gente que se deparar com esse texto escrito por aí, mas algum lugar num domingo a noite sentado, lendo e escrevendo espero que a lei do acaso possa te abraçar.  

domingo, 12 de abril de 2020

Descobrindo novos territórios dentro de mim | Escritos

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Isi e Ossi: Um conto do Wattpad | Manteiga de Cinema

                                                                  Imagem: Reprodução / Divulgação

Quando se fala de clichês românticos, normalmente não nos apegamos tanto a fotografia ou algo mais técnico, mas sim se no final do filme vamos colocar a cabeça no travesseiro e desejar um amor. O filme Isi e Ossi fala de Isabelle e Oscar, ela tem dinheiro e quer ser Chef de cozinha, porém seus pais não apoiam, já ele quer ser lutador de box mas não tem dinheiro. O caminho dos dois se cruzam e eles selam um trato de que se fingirem que são namorados para pressionar os pais dela a dar dinheiro, ela o ajuda custear suas dividas, onde quando a intimidade que vai surgindo, uma paixão vai batendo na porta. A história parece que surgiu de um conto do Wattpad, sem muita profundidade porém muito fogo.

O começo do filme é bem chamativo e prende com sua forma de mostrar os dois personagens principais e seus mundos diferentes, mas ao decorrer da trama a sensação que vai esfriando e caiu somente no mesmo no clichê de sempre. Personagens secundários não são bem explorados e quando aparecem temos que sensação que estão ali só para causar atrito. O filme não tem um final fechado, a última cena é um questionamento sobre qual seria o final dos personagens, podendo ou não deixar um fio para uma possível continuação.
Imagem: Reprodução/ Divulgação

A fotografia e a trilha sonora são pouco atrativas, a atuação dos protagonistas chega até ser meio questionável, enquanto sentimos Ossi queimar na tela, temos a sensação de Isis estar meio morna. O roteiro tem vários furos quem em alguns momentos do filme fica perdido como o enredo foi parar lá. Só que o mais incrível com várias falhas o filme ainda conseguiu chegar ao marco de quase 2h de duração, o que parece bastante tempo para o longa.

Por fim, é um tipico filme para se ver naqueles dias carentes e preguiçosos que só queremos algo para esquentar e confortar sem quebrar a cabeça.


quarta-feira, 1 de abril de 2020

Isi e Ossi: Um conto do Wattpad | Manteiga de Cinema

domingo, 29 de março de 2020

Desabafar ou desabar? | Escritos

Imagem: tumblr


*este texto pode conter gatilhos para quem tem ansiedade

Dizer as coisas que sinto nunca foi tão simples pra mim, talvez porque sentir tenha parecido errado para quem eu falava sobre meus sentimentos ou talvez seja a droga da ansiedade que grita coisas na minha cabeça que não fazem sentido no meio das crises.

Falar nunca é fácil, mas escrever deixa tudo menos pesado durante esse processo. Quando comecei o tratamento sabia que a cura não é linear, na verdade a cura não existe, mas é possível alcançar um equilíbrio/controle dos seus sentimentos e aprender a lidar com eles na terapia. Só não é simples e nesse processo tenho tropeçado tanto que ás vezes me dá dó de mim mesma, sei lá eu nunca pareço saber desabafar sem desabar. É como se eu fosse a casinha dos três porquinhos que com pequenos sopros fosse para os ares, mas na verdade é com pequenas palavras sabe? É como se os pequenos desabafos no meio do caminho fossem me derrubando até uma crise chegar.

A falta de confiança, a auto sabotagem e depois os pensamentos confusos que parecem dançar na minha mente até que eles fazem o meu peito explodir e conseguem me deixar finalmente tão ansiosa quanto nunca antes. Sentir o coração amassando dentro do peito é a pior sensação que você pode ter na vida depois não conseguir respirar. E como o roteiro chamado vida nunca me deixa na mão, já senti as duas coisas e quis nunca mais sentir algo parecido.

É como andar na corda bamba, só que sem a corda.

E, sabe, ás vezes quando tudo fica bagunçado assim a única alternativa que tenho é escrever ou dependendo da intensidade falar com meu psicólogo. Quando nada disso funciona, como agora, depois de meses sem crises muito fortes e uma vida linear, sento e recomeço tudo outra vez.

Escuto uma música e ao ser embalada pela melodia, me deixo ser abraçada por mim mesma e tento não sentir pena de mim, não me culpar. Afinal, eu não tenho culpa de ter ansiedade.

domingo, 29 de março de 2020

Desabafar ou desabar? | Escritos

domingo, 1 de março de 2020

365 dias sem você | Escritos


Sabe amiga, na segunda de carnaval fui no show do Emicida com Nicole e uns amigos. No meio de uma canção lembramos de ti, seguramos as lágrimas e respiramos fundo. Só a gente sabe como foi difícil para as duas manteigas derretidas do grupo não cair num rio de lágrimas, mas conseguímos, a gente sabe que você odiaria isso e desculpe escrever que para dizer que nem todo dia primeiro é assim. No ano novo não foi, chorei no banho, no ônibus e antes de dormir. Todo dia um é complicado recomeçar, sentir sua ausência ou suportar o peso de existir sem te ter por aqui. A vida passa rápido, as coisas estão acontecendo num ritmo tão acelerado que nem obturador da minha câmera consegue capturar, nem meu lápis em um dos milhares de caderninhos que tenho para escrever pensamentos e que você ria das coisas aleatórias quando lia.

Fred & Júlia ganhou um final, a dedicatória do livro é sua e talvez ainda esse ano seja de fato publicado em algum lugar. Morar em outra cidade não foi tão difícil assim, eu consegui fazer amigos, não fui antissocial ,juro, fui sociável até demais e quebrei a cara algumas vezes. Sei todo o discurso decorado que diria sobre não ter medo de viver e ser corajosa juntamente com Nicole a tira-colo dizendo que me privei de viver a vida que quero por tempo demais, mas prometo que estar cumprindo o combinado de ser menos medrosa e ir com medo mesmo. Ah, raspei o cabelo na lateral, minha família odiou, porém amei ter me visto diferente e não parei por aí também o cabelo rosa foi com certeza o melhor que poderia ter feito. Tatuei uma lua minguante no braço direito para simbolizar a mudança interna e externa, comecei a organizar meus projetos de livros rascunhados no computador e achei uns diários antigos.

Fiz um curso de roteiro, descobri que amo audiovisual e que produção é com certeza o que quero fazer da vida. Encontrei amigos e um projeto para fazer da minha vida, o projeto popular, me organizei no movimento estudantil e achei um lugar onde posso lutar pelos nossos direitos para um projeto de sociedade que acredito. Toda a raiva, indignação ainda estão por aqui, mas o luto e o ódio do destino me ensinaram lições valiosas, a maior delas foi usar todo esse sentimento ruim para transformar a minha existência e de outras pessoas em algo melhor, mais suportável. Queria que ainda estive aqui, queria tanto poder compartilhar a vida contigo e ouvir sua risada gostosa no fim do dia quando conto minhas histórias ou quando falava em espanhol mostrando o quão era apaixonada pela língua, compartilhava seus medos, incertezas ou só um meme engraçado no grupo para fazer a gente conversar na madrugada.

Ai Shay, esse mundo sem ti é duro e sombrio, ninguém sabe como lidar com essa saudade. Te escrevo sempre que posso, te sinto todo dia comigo, lembro de você nas noites estreladas, pois a mais brilhante estrela no céu tem quer ser Sharlene. Não tem pra ninguém sabe, o mundo ainda reflete você o tempo inteiro amiga, te amo.

domingo, 1 de março de 2020

365 dias sem você | Escritos

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Confidências de uma ex-popular, uma história sobre transformação | Estante

Nome: Confidências de uma ex-popular.
Autora: Ray Tavares.
Editora: Galera Record.
Páginas: 432 páginas.
Classificação:
Onde encontrar: Amazon

Sinopse: Essa com certeza é uma história sobre transformação. Renata, é herdeira de um grande império e como toda garota mimada que cresceu sem a presença dos pais ela acaba sendo bastante inconsequente. Depois da sua última travessura seus pais resolvem enviar a garota para um internato católico no interior de São Paulo, porém a garota parece detestar a ideia e acredita que seus pais enlouqueceram de vez se acham que Renata Vicenzo vai morar num naquele lugar sombrio, estanho e provavelmente deve cheirar a mofo pela idade de existência do local. O internato nada mais é que um ambiente onde os filhos da elite paulistana são enviados como um corretivo por seus pais ou porque acreditam que lá é onde eles terão a melhor educação no país, mas também é o lar de um misterioso grupo bem interessante. 

A herdeira do grande império sempre se mostrou muito contente em carregar esse título, mas apesar de ter muito dinheiro lhe faltava o mais simples, afeto. Depois de cometer sua última "travessura" e ser expulsa da sua antiga escola, seus pais ficam muito preocupados com seu comportamento especialmente pelas suas companhias em São Paulo e decidem matricular a garota num colégio interno como última tentativa na esperança de uma mudança. Tendo que recomeçar num rígido internato católico onde ninguém parece ligar pro seu sobrenome, a jovem se vê perdida, mas acima de tudo sozinha já que depois das últimas notícias e consequências de suas "travessuras" seus então "amigos" a abandonaram, assim como seus pais que largaram ela no interior naquela escola que cheira a mofo.

Lidando com o desprezo de seus colegas e fugindo das investidas de um misterioso grupo em especial do seu presidente que parece querer sua atenção a todo custo. Seguir em frente vai ser complicado, solitário talvez, mas acima de tudo muito intrigante e ao descobrir seu interesse por um aluno em particular cujo as condições de vida pode ser bem diferente da que ela sempre esteve acostumada a levar em São Paulo. E no meio dessa bagunça a literatura e leitura crítica podem fazer tudo recomeçar outra vez de maneira mais leve. 

Minhas impressões:
Com certeza essa é uma história que mostra o poder de transformação social da educação através da literatura, a senhorita Vicenzo apesar de seu humor ácido e inigualável sempre precisou de nada mais que afeto e atenção. E encontrou através da educação o ponto de partida para sua transformação social  e pessoal, através da leitura crítica e discussões dentro de sala de aula. O contato com realidades diferentes é essencial para o contraste entre os personagens e o que deixa o livro bem interessante, criativo e essencial para que esteja no mercado literário brasileiro. 

O que mais gosto na escrita da Raíssa é de como ela não se esforça para agradar ninguém, simplesmente escreve uma narrativa, ambiente e personagens que gostaria de ler. Isso é nítido pela forma como conta suas histórias e é importante num escritor, pois criar premissas significativas não adianta de nada se a história como um todo não consegue se sustentar bem e se desenvolver gradativamente. Esse estava no wattpad como Bola na rede antes de ser publicado já era muito bom, mas é notável a mudança na escrita e amadurecimento especialmente da autora que repaginou tudo, vendeu os direitos para uma produtora e espero realmente façam jus a esta história a adaptando brilhantemente com toda sua grandeza e potencial.

Renata Vicenzo não poderia ter humor e postura mais engraçadas possíveis, uma vilã que se torna a mocinha que luta por justiça social. Antes de perder tudo ela ainda não tinha tomado consciência de si, mas essa história é muito mais que um belo romance adolescente e é por isso que admiro tanto a Ray, críticas sociais, política, inspiração para jovens com força de vontade para serem fator de mudança. Essa com certeza é uma história sobre transformação.

Citações favoritas:

Fico feliz em ver tantas opiniões, mesmo que divididas. São discussões assim que têm o poder de transformar.

Se não der certo, você tenta de novo. Ou tenta outra coisa . Se adapta. A vida é assim, Renata. Cheia de surpresas, deliciosas e amargas.

Todos nós em algum momento, temos que sair da nossa zona de conforto, Renata. É assustador, mas também libertador.

À primeira vista, as coisas têm uma beleza inesquecível.

Existem pessoas que só queriam uma oportunidade. Pessoas que por não se encaixarem no mesmo padrão, começavam a ter uma desvantagem.

Sabe, a gente precisa levar muitos tombos para aprender nessa vida,

Que por mais divertido e rebelde que seja, precisamos pensar duas vezes antes de tomar alguma decisão, porque ela pode ter consequências severas no futuro.

São poucos os que tem esse tipo de coragem.

Às vezes, bons líderes são aqueles que tomam as melhores decisões pelos outros.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Confidências de uma ex-popular, uma história sobre transformação | Estante

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

High school musical the series: the musical | Viciada em séries

Imagem: Reprodução / Divulgação

Estreou em novembro no Disney+ nos EUA, high school musical the series: the musical já foi renovado para a segunda temporada e foi um sucesso de lançamento no serviço de streaming da Disney que deve chegar no Brasil em 2020. A trama é um mocumentário (pseudocumentário) do musical original e um dos mais famosos da empresa. Os alunos do East High, nunca encenaram o famoso musical que usou a sua escola como sede, mas quando a professora Jen (Kate Reinders) que foi figurante do show, ela impulsona os alunos da equipe de teatro a reproduzir o show.

No episódio piloto "the audition", conhecemos Nini (Olivia Rodrigo), sempre foi apaixonada por teatro e acabou de viver sua primeira protagonista num acampamento de férias para jovens atores. Ela e Rick (Joshua Bassett) tinham um relacionamento que tomou outro rumo depois das férias de verão, mas na volta às aulas ela está namorando outra pessoa o veterano A.J. (Matt Cornett) que também é ator e cantor. Esse ano o colégio também terá alunos novos no teatro como a Gina (Sofia Wyle) que vai competir como a Nini pelo papel da Gabriela. Ricky percebe a chance perfeita de reconquistar a Nini tentando entrar na peça e enquanto ensaia para ser um Troy a altura percebe que a relação de seus pais está um pouco conturbada.

 

Apesar de esperar que a série não fosse tão boa quanto a trama original foi surpreendentemente uma experiência diferente, pois apesar de ser derivada de outra ela também conta músicas originais que são muito boas e definitivamente o ponto alto da criação, mas dificilmente agradará os fã que esperavam um rebot da saga, já que na minha opinião ela é bem mais teatral que high school musical. O desenvolvimento é gradual de acordo com os episódios, porém em alguns pontos ela recaí no bom e velho clichê disney, chegando até a incentivar uma certa rivalidade feminina entre duas personagens principais a Nini e a Gina. 

Ao mostrar os bastidores de uma produção estudantil, problemas e dramas familiares a produção se reproduz autenticamente em alguns momentos deixando a desejar no quesito adaptação para os fãs da trilogia, mas criando uma narrativa original o que acaba se tornando mais interessante para o futuro da série. No episódio piloto, eles cantam star somenthing new nas audições, o que dá um gostinho ainda mais nostálgico e deixa os expectadores ansiosos para o que está por vir nos próximos episódios.  



A segunda temporada deve estrear na plataforma no segundo semestre de 2020, no entanto ainda não houve confirmação da data de lançamento já que a série acabou de concluir sua primeira temporada e deve entrar em produção em breve para a segunda. 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

High school musical the series: the musical | Viciada em séries

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

A vida invisível de Eurídice Gusmão | Estante

Nome: A vida invisível de Eurídice Gusmão.
Autora: Martha Batalha.
Editora: Companhia das letras.
Classificação: 

Páginas: 192 páginas.
Onde encontrar: Amazon



Enquanto trabalhava nas receitas ela tinha certeza de que estava fazendo algo de valor, mas na frente do marido tudo perdia o sentido.


Sinopse: A vida em 1940, especialmente para mulheres eram bem diferentes de hoje, já que as aspirações de suas famílias para as mesmas se resumiam em que encontrassem um bom marido e fossem excelentes donas de casa. Com as irmãs Gusmão não era diferente, mas Guida teve um destino muito diferente ao de Eurídice sua irmã mais nova, pois enquanto uma desbravou o destino fugindo de casa a outar tornou-se uma dona de casa exemplar, mas vida pregou muitas peças nas irmãs Gusmão que mesmo separadas buscaram sempre o caminho de volta uma para outra.

Uma família classe média nos anos vinte, criando duas jovens sempre muito inquietas deixaram seus pais preocupados sobre as aspirações de vida e o que elas iriam se tornar. Inteligente, sagaz e talentosa. A filha mais nova dos Gusmão, Eurídice, poderia ter se tornado escritora, média ou até mesmo engenheira, mas atmosfera machista e classista dos anos vinte roubou todas as aspirações da jovem mulher retirando seu poder de escolha, transformando-a em uma dona de casa.

Ainda jovem, tenta conhecer outros caminhos tocando flauta chegando até a ser convidada para tocar numa Orquestra, mas logo sofre com a rejeição dos pais que acreditam não ser aquele o caminho de uma moça de família para ter um bom marido. Depois de casada, ela tenta desbragar outros caminhos e se encontrar, na cozinha ela começa a desbravar outros caminhos com seu pequeno caderninho de receitas de capa preta, logo é interceptada pelo marido que diz que ninguém compra um livro de receitas feito por uma dona de casa. Ela desiste, mas a jovem mulher inquieta não consegue ficar parada e dá rumo a outras ideias, porém ao tentar colocar em prática sempre acaba sendo frustada pelo marido.

Tentando escrever com outras linhas seu destino, Eurídice se vê perdida, sem rumo, já não consegue mais pôr nada em prática. Um dia descobre uma prateleira de livros e dando de cara com tantos autores, tais como: Antonio Candido, Caio Padro Jr , Virginia Woolf, Jane Austen, George Eliot e Lima Barret, desbrava a litura como seu único alimento, tendo como companhia sua máquina de escrever e  muitas ideias. 


Minhas impressões:
A inquietude de Eurídice como mulher e personagem é o que prende de fato o leitor as páginas do livros para saber o que vai acontecer. A história se passa dos anos vinte em diante, narrando cuidadosamente a historia das irmãs Gusmão sobre seus diferentes destinos e de como se perder fez com que as duas se encontrassem em meio as linhas tortas do destino.  Todas as violências acometidas as mulheres narradas por Martha acontecem até hoje e é justamente isso que fez como que me questione até onde avançamos como mulheres? o que de fato conquistamos, se isso ainda acontece? 

Entre os paradigmas de uma dona de casa e de jovem inquieta, a história da irmã mais nova nos mostra como ainda somos invisíveis e apesar de alguns marcos e avanços talvez ainda não tenhamos conquistado tanto como mulheres. E foi este o paradoxo que a autora deixou em minha mente depois que terminei de ler o livro numa madrugada. A invisibilidade de Eurídice ainda nos afeta ou ela só foi mascarada? Como o racismo, violência e o machismo (evidente e ainda presente) na sociedade carioca perpassa por todas as camadas desde a da família classe média até as camadas sociais mais pobres e menos privilégiadas que nos cercam?

A inquietude de Eurídice é fato um problema ou uma mulher que pense afrente de seu tempo e queria desbravar outros caminhos é uma ameaça? Perguntas facilmente respondidas numa análise a leitura deste livro, Martha nos presenteia com uma bela narrativa, mas com histórias tão difíceis de engolir e intragáveis em alguns momentos por não estramos tão distante quanto gostaríamos dessa realidade.

Citações favoritas:

Sozinha na cama, corpo escondido sob o cobertor, Eurídice chorava baixinho pelos vagabunda que ouviu, pelos vagabunda que a rua inteira ouviu. E porque tinha doído, primeiro entre as pernas e depois no coração.

Ninguém vale muito quando diz ao moço do censo que no campo profissão ele deve escrever as palavras “Do lar”.

Cecília veio ao mundo nove meses e dois dias depois das bodas. Era uma bebê risonha e gordinha, recebida com festa pela família, que repetia: É linda! Afonso veio ao mundo no ano seguinte. Era um bebê risonho e gordinho, recebido com festa pela família, que repetia: É homem!

Porque Eurídice, vejam vocês, era uma mulher brilhante. Se lhe dessem cálculos elaborados ela projetaria pontes. Se lhe dessem um laboratório ela inventaria vacinas. Se lhe dessem páginas brancas ela escreveria clássicos. Mas o que lhe deram foram cuecas sujas, que Eurídice lavou muito rápido e muito bem, sentando-se em seguida no sofá, olhando as unhas e pensando no que deveria pensar.

“É para você escrever o que pensa do mundo”,

O segundo é que quando Zélia escrevia se transformava em uma das mulheres mais interessantes de seu tempo.

Enquanto trabalhava nas receitas ela tinha certeza de que estava fazendo algo de valor, mas na frente do marido tudo perdia o sentido.

D. Maricotinha, no entanto, não achava a vida uma dádiva. Achava a vida um absurdo.

Quando tocava existiam apenas ela e a flauta, e aquele era um mundo perfeito, por ser um mundo pequeno.

Mostrando para Eurídice que havia um mundo mais cruel do lado de fora do que aquele que tinha construído por dentro.

Fugir era que nem morrer, só que pior, porque na morte a pessoa vai embora sem saber, e não pode se despedir. Mas na fuga a pessoa sabe que está indo embora, e nem se importa em dizer adeus.

Às vezes a gente acha que está fazendo tudo certo, mas quando se dá conta descobre que estava com os olhos tapados e não consegue acertar de jeito nenhum.”

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

A vida invisível de Eurídice Gusmão | Estante

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Todas as razões para assistir depois de um término (contém spoiler?) | Manteiga de cinema


Imagem: Adorocinema

Bom, se você está procurando um filme onde vai encontrar aquela sensação de filmes românticos onde o casal fica juntos e tem seu final de felizes para sempre, não é esse.


Antonio é aquele cara que para ele sempre está tudo “ok” e não liga muito de se mover para mudar, mas quando Sofia, que era sua namorada, resolve terminar o relacionamento, ele se vê na posição de que nem tudo está “ok” e que admitir para si mesmo é complicado, mas quem nunca depois de um relacionamento ficou se perguntando quem foi que errou? Dificilmente se consegue admitir os próprios erros, mas a questão é todo esse processo de admitir para si mesmo que sair da zona de conforto vai doer demais e vai ser necessário colocar a cara a tapa. 


Imagem: quinquilharia


O roteiro e a direção foram feitas por Pedro Coutinho, e eu gosto de ver produções como essa, sensíveis, produzidas por homens, porque quebra aquele estereótipo que eles não têm sensibilidade. Todas as razões para esquecer é um filme brasileiro e é um p*ta filme, porque depois que terminei fiquei um tempo respirando fundo e absorvendo tudo aquilo que assisti. 


A sensação de ver esse filme é parecido quando você toma uma bebida bem gelada em um dia quente e depois fica sentindo ela hidratar o seu organismo. A história foi construída em cima de um término de relacionamento e mostra todas as etapas que uma pessoa passa de uma forma bem leve e ao mesmo tempo te coloca para refletir sobre muitas coisas.


O filme se encontra disponível no catálogo da netflix até a data desse post.
As razões para se ver depois de um relacionamento é que nem todo final feliz é quando o casal fica junto, mas quando você fica bem consigo mesmo.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Todas as razões para assistir depois de um término (contém spoiler?) | Manteiga de cinema