quarta-feira, 15 de julho de 2020

El Juego De Las Llaves: Maite Perroni com o você nunca viu

Juego de las llavez ou Jogo das chaves é uma produção original da Amazon prime video. Trata-se de uma comédia sobre monogamia a longo prazo. Trazendo à tona assuntos como casamento, autorrealização e desejo, a série é ambientada na cidade do México.

A série é estrelada pela ex rbd Maite perroni, que interpreta Adriana, uma mulher que casou com seu primeiro namorado o Sérgio, Interpretado por Sebástian Zurita, com quem estudou na adolescência.

O show tem censura para maiores de 18 anos, então se você é menor de idade, ou um adulto que não gosta desse assunto, sugiro que não assista. Caso contrário, tire as crianças da sala, prepare um bom balde de pipoca aproveite para maratonar os dez episódios. Com aproximadamente 30 minutos de duração, a cada capítulo a narrativa consegue prender a atenção do telespectador, fazendo com que  não perca a vontade de avançar o próximo episódio de imediato.

Com certeza esse show foi um divisor de águas na vida de alguns atores, como, por exemplo da Maite Perroni, que carrega o estigma da "rbd apagada" do grupo. Nessa série ela vem com tudo, mostrando um outro lado de sua atuação, entregando as emoções que o personagem exige e conseguindo passar com destreza para o público. Com o Prime Vídeo adquirindo cada vez mais espaço entre os brasileiros, chegando perto de sua grande concorrente a Netflix, as séries e filmes originais da Amazon está vindo pra ficar e conquistando um público tão fiel quanto o do serviço de Streaming Netflix.


A produção foi renovada para uma segunda temporada e em 2019 venceu o prêmio da GQMÉXICO como melhor série do ano. O show é dirigido por Fernando Lebrija, Kenya Márquez e Javier Colinas. Ambos diretores já estiveram envolvidos na direção de filmes nacionais de sucesso no México.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Um passeio pela história do R&B | Playlist


Imagem: dribbble

O R&B emerge nos Estados Unidos por volta da década de 40, mas essa história tem começo em meados do sec 17 e sec 18, quando o então escravizado povo negro ecoava cantos nas plantações de algodão nos EUA. Essas canções são conhecidas hoje como "work- songs" Ou Cânticos de trabalho. 


A temática desses cânticos era sobre amor, saudade, trabalho e outros assuntos do dia-a-dia. No Brasil um disco intitulado O canto dos escravos foi gravado em 1982 pelos sambistas Geraldo Filme, Clementina de Jesus e Tia Doca. O disco teve tal impacto que impulsionou o canto dos escravos mineiros do séc 18 na cena musical contemporânea.

Ao longo dos anos pudemos observar a evolução do R&B, que em alguns momentos mais precisamente entre os anos de 2007/2010 se tornou parte do pacote pop que era oferecido para os assíduos telespectadores da MTV brasil, sendo assim oferecido a massa de jovens que acompanhavam os programas que exibiam lançamentos e clipes com exclusividade. O que contribuía para uma massificação do consumo, a procura pelo artista e a musica em questão, o levando as paradas de sucesso. Um dos grandes nomes que liderou as paradas do sucesso do mundo no ano de 2009 foi Alicia Keys. Uma das grandes promissora do r&b na década passada as artista estourou os charts da billboard com suas músicas.


Confira:
Alicia Keys - No one 2009

Com o passar dos anos o gênero se destacou na indústria musical dessa vez não mais sendo vendido para uma massa que consumia tudo que lhe era oferecido com a etiqueta de popmusic. É bem verdade que o r&b se popularizou nos últimos cinco anos com a chegada dos serviços de Streaming musical e a facilidade para conhecer artistas do gênero não tão populares, se bem que dentro desse seguimento os artistas são bastante popular e fazem sucesso nas plataformas. O gênero é muito forte nos estados unidos, uma vez que surgiu lá, e com a popularização do movimento e cultura do povo negro nos últimos anos artistas jovem vem ganhando e conquistando espaço no meio musical por meio do R&B. No Brasil os artistas estadunidenses são os mais populares. Nomes como The Weeknd. H.E.R. Frank Ocean e Jacquees. Estão entre os artistas mais acessados do gênero no spotify. Embora a busca por artistas de fora ser grande o ritmo está em ascensão no país e há artistas brasileiros fazendo um trabalho incrível nesse espaço. São jovens talentosos que além de carregar a bagagem da influência do berço do R&B, carregam a influencia de grandes mestres da musica brasileira e oferecem pro amante do gênero musical um r&b diferente, carregado de historia e identificação. Conheça alguns dos jovens nomes do R&B brasileiro

Ororo & Jovem Ralph - Toque do Celular 

DOUG - proposta

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Summer Walker: Over it, uma estréia feminina histórica | Playlist

Imagem: Reprodução/ divulgação capa do álbum

Summer Walker e lançou sua primeira mix tape comercial  Last Day of Summer  em outubro de 2018, apoiada em seu single principal 'Girls need love', a Mix tape conta com doze musicas incluindo um remix de Girls Need love com participação do rapper Drake. As musicas cantadas por Summer nessa mix tape retratam  seus pensamentos sobre o amor, duvidas e sua feminilidade. No final de 2018 saiu em tour com 6LACK na turnê  From East Atlanta With Love


O sucesso de Walker chamou a atenção da Apple Music, que  nomeou Summer Walker como sua mais nova artista Up Next e em 2019 a cantora se tornou a oitava artista do gênero R&B mais escutada ao redor do mundo na Apple Music. A cantora e compositora de 24 anos lançou Playing Games dia 23 de outubro de 2019, primeiro single de  seu álbum de estréia Over It. Mais tarde em 04 de outubro de 2019, lançou seu primeiro álbum na íntegra, sendo muito elogiado pela crítica. 


Imagem: Billboard


Summer Walker é  com certeza um grande destaque no R&B contemporâneo. As letras são em sua maioria românticas, ela canta muito sobre amor e a sensualidade está sempre presente em suas composições e melodias. Uma das compositoras de playing games primeiro single da artista é a cantora Beyoncé. Walker é uma iniciante no mundo da musica, mas isso não a faz menos prestigiada, muito pelo contrário. Seu álbum de estreia debutou em segundo lugar  na parada da Bilboard200. Com 134.000 cópias vendidas do em sua primeira semana de estréia.


 A cantora  fez história quando com o lançamento de Over It ganhou a maior estreia de streaming de todos os tempos para uma artista. Um feito até então inédito para uma artista  feminina de R&B. Walker também foi o vencedora do prêmio de   BET  'Melhor Novo Artista' no Soul train music awards de 2019.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Onisciente: uma série de ficção cientifica retratada no Brasil | Viciadas em Séries

Imagem: bronisciente.
Sinopse: No futuro, cidades são monitoradas por drones 24 horas por dia. Uma jovem descobre um assassinato que não foi relatado pelo sistema de segurança Onisciente, e decide, então, descobrir o que estão tentando acobertar. Do mesmo criador da série “3%”, Pedro Aguilera, também produção brasileira e original Netflix. A série traz Carla Salle como protagonista ao lado de nomes como Jonathan Haagensen e Marcelo Airoldi. Foi lançada dia 29 de janeiro de 2020.


É impossível ler a sinopse da série e não pensar em Black Mirror versão brasileira, confesso que fiquei apreensiva para assisti-la por causa do meu complexo de vira lata, mas logo no primeiro episódio a trama me segurou até o ultimo. Antes de tudo, eu sei que a Carla Salle não tem expressão, eu prometo que a atuação dos coadjuvantes fez a série valer a pena.

O roteiro é uma mistura de ficção científica com uma ponta de suspense causado por um mistério que ronda a trama. Fala sério, uma sci-fi ultratecnológica no Brasil é muito boa. Foi ótimo ver que nosso país também tem suporte para progredir mesmo que seja na ficção, não quero bacuralizar, mas foi ótimo assistir um futuro utópico tecnológico se passando nas ruas do Rio de Janeiro. Na trama, a cidade palco dos personagens é monitorada por um sistema de segurança chamado “Onisciente”. A premissa é a vigilância constante de todos os habitantes através de um drone que acompanha os indivíduos 24 horas por dia. O que torna tudo isso legal? Todas as gravações são analisadas em tempo real por um computador central, fazendo-se desnecessário a vigilância ou avaliação de humanos.

Imagem: BR 104

Confie, a história é bem mais complexa do que parece e o enredo é totalmente coeso, amarradinho e sem furos. Você não vai se arrepender de dar uma chance para essa série brasileira. Caso se arrependa, atualmente só tem uma temporada ainda com 6 episódios. Vale a pena arriscar.

Assista o trailer oficial.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Insubmissas Lágrimas de Mulheres | Estante


Para quem conhece a escrita da Conceição Evaristo, já sabe que a escritora trabalha com o que chama de ‘escrevivência’, ou o ato de se escrever o que se vive. A possibilidade de ser protagonista de sua própria história, o direito de ser o dono de sua própria narrativa... o que talvez sejam atos corriqueiros na vida de alguns, certamente não o são para mulheres negras.
Em Insubmissas Lágrimas de Mulheres, Conceição não faz diferente. O livro, publicado pela Editora Malê em 2016, também perpassa o contar de história de tantas mulheres que vieram e foram. Tantas que somos. Acompanhamos uma narradora que conhece diversas mulheres negras em suas viagens, e todas elas nos permitem conhecer seus caminhos, suas dores, seus afetos. É assim que, por exemplo, conhecemos a força de leoa de Shirley Paixão; a primeira paixão de Isaltina Campo Belo; e Mary Benedita, com sua fome insaciável do mundo.


Fácil de ler, o livro traz a poética de maneiras que só a Conceição Evaristo consegue ter ao descrever o dia-a-dia. São treze mulheres com histórias e trajetórias singulares, mas que uma coisa as une bem para além de entrarem em contato com a narradora: todas são mulheres negras. E isso é maior que qualquer coisa – é não compartilhar das mesmas trajetórias, mas se ver refletida em cada pincelada.
Como diz Mary Benedita: ‘como pintar a concretude da solidão de uma mulher?’. Creio que o quadro que Evaristo nos apresenta faz com que possamos, ao menos, espiar pelo buraco dessa fechadura.